BANCO DE GRÁFICOS

Posts anteriores

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Fórum Econômico Mundial acontece entre 20 e 23 de janeiro na Suiça

No Fórum Económico Mundial de Davos, onde só se pode ir por convite, mais de 2500 líderes de várias áreas vão se encontrar para debater o presente e o futuro de um mundo onde a desigualdade aumenta a uma velocidade inesperada, e onde as clivagens políticas nos EUA, na Europa e no Médio Oriente são profundas

Resultado de imagem para forum davos
De modo significativo, a desigualdade de renda aumenta mais rápido do que o antecipado por qualquer um, com o 1 por cento mais rico superando o restante da população um ano antes do que a Oxfam havia previsto no ano passado.

A crescente desigualdade e a desconfiança cada vez maior das pessoas em relação a seus líderes políticos são os grandes desafios para a elite mundial que se reúne em Davos, na Suíça, para o anual Fórum Econômico Mundial, que acontece entre 20 e 23 de janeiro.

Oligarcas, sheikes petroleiros e herdeiros de bilhões e bilhões de dólares. As 62 pessoas mais ricas do mundo, possuem exatamente a mesma quantidade de riqueza que a metade mais pobre da população global, segundo o estudo “Uma economia a serviço do 1%”, da organização humanitária Oxfam. 
Resultado de imagem para oxfam
Há um ano, esse patrimônio estava nas mãos das 80 pessoas mais ricas do planeta. Os benefícios políticos fizeram com que quatro multimilionários do México pudessem aumentar de forma importante as suas riquezas – um aumento que foi equivalente a 2% do produto interno bruto do país em 2002, e que em 2014 subiu para 9%. Isso levou que mais de 50 milhões de habitantes ficassem em níveis considerados de pobreza.

Uma parte significativa das fortunas desses quatro indivíduos deriva de setores que foram privatizados, concessionados e/ou regulados pelo setor público durante os últimos governos mexicanos.

O surgimento de Donald Trump como líder nas pesquisas para se tornar o candidato republicano na corrida presidencial à Casa Branca expôs também uma divisão política cada vez maior nos EUA, causando ansiedade entre os aliados de Washington num momento de grande instabilidade global.
Resultado de imagem para forum davos
Entre as principais personalidades em Davos estarão o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e os chanceleres tanto do Irã como da Arábia Saudita.A Oxfam denunciou que essa situação gera um sistema regido pelo amiguismo, na qual certos setores são privilegiados e protegidos, com consequências econômicas e sociais graves, que fomentam a exclusão. Segundo a organização, as pessoas mais ricas devem deixar de defender a ideia equivocada de que suas fortunas estão beneficiando a todos.

As divisões vão para além disso e lembra as clivagens no Médio Oriente entre xiitas e sunitas, com a Arábia Saudita e o Irão a disputarem a influência numa região penalizada pela guerra e pelas acções de grupos extremistas.

Os conflitos nesta zona do mundo não são actos isolados, e a prova disso é o impacto que estão a ter na Europa, cada vez mais dividida ideologicamente, onde não há consenso sobre como lidar com a maior crise de refugiados deste a II Guerra Mundial. A par disso, lembra ainda a Reuters, está em cima da mesa a possibilidade de o Reino Unido sair do bloco europeu, sendo que David Cameron já deu a entender que o referendo sobre o "Brexit" pode ter lugar ainda este ano.

A turbulência global teve reflexo também nos EUA, onde, escreve a agência, a ascensão de Donald Trump como líder na corrida republicana à Casa Branca espelhou profundas clivagens políticas nos EUA e criou ansiedade entre os aliados do país hoje liderado pelo democrata Barack Obama.
Resultado de imagem para casa branca
A acrescentar complexidade ao contexto social e político actual está a quarta revolução industrial, tema do encontro anual de Davos este ano. A nova onda de inovação tecnológica, protagonizada pela inteligência artificial e pela robótica, ameaça muitos dos empregos tradicionais.

No mais recente discurso do Estado da Nação, o presidente norte-americano, Barack Obama, abordou esta realidade: "É uma mudança que pode alargar o leque de oportunidades, ou aumentar a desigualdade. E quer gostemos, quer não, o ritmo desta mudança vai acelerar"

A organização não-governamental Oxfam elaborou um relatório que espelha com particular clarividência as crescentes desigualdades que foram surgindo no mundo desde o rebentamento da crise financeira em 2008.

Entre outras coisas o relatório calcula que “62 pessoas possuem tanto capital como a metade mais pobre da população mundial”. Estes resultados ganham importância quando se verifica que no ano passado eram 80 as pessoas que juntavam tamanha fortuna. Se recuarmos até 2010, eram necessários 388 multimilionários para se chegar a estes números.

O relatório da Oxfam é particularmente crítico das desigualdades económicas que se manifestam (e que, segundo a organização, têm vindo a aumentar): “Em vez de [termos] uma economia que trabalha em benefício da prosperidade de todos, das gerações futuras e do planeta, criámos antes uma economia destinada a 1% [da população]”, aponta o relatório, citado pela BBC.

Para chegar aos valores somados das 62 pessoas mais ricas do mundo, a Oxfam utilizou os dados da revista Forbes, que indica quem são estes bilionários. Saiba quem são através das imagens.
Resultado de imagem para forbes
“Vivemos num mundo cujas regras estão feitas para beneficiar os super ricos”, afirma Tobías Hauschild, membro da Oxfam Alemanha. Segundo ele, esse sistema torna mais difícil a luta contra a pobreza e as enfermidades. “O que se necessita é um sistema econômico e financeiro que beneficie a todos”.

Esse sistema, segundo o texto da Oxfam, deve impedir que as grandes companhias fujam de suas responsabilidades. Nove de cada 10 grandes empresas têm filiais em ao menos um paraíso fiscal, assegura a investigação.

A Oxfam considera essencial que os impostos sobre os benefícios se pague unicamente no país onde estes são gerados. Ademais, a organização insiste que a responsabilidade dos políticos é a de acabar com os paraísos fiscais, que permitem aos super ricos ocultar seu gigantesco capital.

Criar um sistema tributário internacional justo também é necessário, sustenta a Oxfam, assim como obrigar as empresas a informar publicamente os benefícios obtidos em todos os países onde atuam, e os impostos pagos. A organização humanitária exige que os estados ponham fim à competição para oferecer impostos mais baixos, e que tornem seus incentivos fiscais transparentes.

“Devemos encarar os governos, as empresas e as elites econômicas presentes em Davos, para que se comprometam a por um fim nessa era dos paraísos fiscais, que alimentam as desigualdades mundiais e impedem que centenas de milhões de pessoas sair da pobreza”, afirmou Winnie Byanyima, diretora-geral da Oxfam Internacional, que estará no encontro suíço.
Resultado de imagem para oxfam
Pelo menos sete milhões de empregos podem ser perdidos nos próximos cinco anos pelas transformações que a economia mundial sofrerá, e que o Fórum Econômico Mundial chamou de "quarta revolução industrial".

A entidade que o organiza o Fórum de Davos apresentou nesta segunda-feira um relatório que analisa as transformações que a economia mundial e o mercado de trabalho soferão na próxima meia década.

O estudo afirma que, por causa da automatização, o mundo perderá sete milhões de empregos "de escritório" e prediz o desenvolvimento nas áreas de inteligência artificial, robótica, nanotecnologia e impressão 3D.

Esta transformação tornará alguns empregos supérfluos e desnecessários, mas ao mesmo tempo abrirá a oportunidade para outra grande gama de funções.

É por isso que os economistas que assinam o estudo advertem que esta perda será compensada com a criação de dois milhões de novos empregos nas áreas de computação, engenharia, arquitetura e matemática.
Resultado de imagem para empregos
A entidade baseou sua análise em dezenas de entrevistas com diretores de recursos humanos de 15 países, que possuem 65% do mercado de trabalho mundial.

"Sem uma ação urgente e específica para organizar a transição e contar com trabalhadores com a formação necessária, os governos terão que lidar com mais desemprego e mais desigualdade", indicou, Klaus Schwab, diretor do Fórum.

A perda de empregos afetará de maneira praticamente igual mulheres (48%) e homens (52%).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

comentários...