Elevação da Selic pelo Copom
Decisão do Copom
- O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, passando para 10,75% ao ano.
- A decisão foi unânime, com todos os nove membros do Copom votando a favor da alta.
Cenário Econômico
- O Copom ressaltou que o cenário atual apresenta resiliência na atividade econômica, pressões no mercado de trabalho e um hiato do produto positivo.
- Há elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, o que exige uma política monetária mais contracionista.
Balanço de Riscos
- O Comitê identificou assimetrias nos riscos para a inflação:
- Riscos de alta: desancoragem prolongada das expectativas de inflação, maior resiliência na inflação de serviços e políticas econômicas que impactem a inflação.
- Riscos de baixa: desaceleração econômica global mais intensa e efeitos do aperto monetário sobre a desinflação global.
Política Fiscal
- O Copom alertou sobre a importância de uma política fiscal crível e sustentável para ancorar as expectativas de inflação e reduzir prêmios de risco.
Contexto Político
- A Selic tem sido um ponto de discórdia entre o governo de Lula e o Banco Central, especialmente na figura de Roberto Campos Neto.
- Desde a autonomia do Banco Central em 2021, a política monetária tem seguido um caminho independente.
Histórico da Selic
- A última alta anterior da Selic ocorreu em agosto de 2022, quando passou de 13,25% para 13,75% ao ano.
- Entre agosto de 2022 e maio deste ano, a Selic sofreu seis cortes de 0,5 ponto e um de 0,25 ponto.
- A Selic estava em 10,50% desde maio, o menor nível desde fevereiro de 2022.
Projeções Futuras
- O Boletim Focus aumentou a projeção da Selic para 11,25% ao ano até o final de 2024, prevendo mais uma alta nas próximas reuniões.
- As expectativas para 2025 e 2026 são de 10,50% e 9,50%, respectivamente.
Justificativa do Copom
- O Copom justificou a elevação da Selic com base na evolução do processo de desinflação, indicadores de atividade econômica e mercado de trabalho.
- O ambiente externo, caracterizado por incertezas na política monetária de outros países, continua exigindo cautela dos países emergentes, especialmente em relação à postura do Federal Reserve dos EUA.
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