FINEP, BNDES e Aneel divulgam resultado preliminar do Inova Energia: R$ 7,8 bi de demanda
O resultado preliminar foi anunciado na última sexta-feira pelo BNDES e representa uma seleção sobre as 373 empresas que se inscreveram para disputar os recursos do programa.O diretor de Inovação da Finep, João De Negri, comemorou o fato de a demanda ter atingido cerca de R$ 12 bilhões, superando o volume inicial de recursos disponibilizado para o programa, de R$ 3 bilhões. Esse modelo de apoio do governo é feito em diversos países, entre os quais os Estados Unidos e na Europa, informou.
A FINEP – Agência Brasileira da Inovação, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) acabam de divulgar o resultado preliminar do Inova Energia.
O plano tem o objetivo de fomentar planos de negócios que contemplem: atividades de pesquisa, desenvolvimento, engenharia e absorção tecnológica; produção e comercialização de produtos; e processos e serviços inovadores. As linhas temáticas são as seguintes: Redes Elétricas Inteligentes (Smart Grids) e Transmissão em Ultra-Alta Tensão (UAT); Geração de Energia por meio de Fontes Alternativas; Veículos Híbridos e Eficiência Energética Veicular.Após a filtragem das propostas que não se enquadravam às regras e objetivos do programa, a demanda das empresas habilitadas atingiu R$ 7,8 bilhões. O diretor da Finep esclareceu, porém, que isso não significa que não sejam bons projetos. "Esses projetos são bons, podem ser financiados com critérios do governo federal, em nova linha de financiamento do Inova Energia, em uma segunda fase".As empresas cujos projetos foram homologados na primeira etapa apresentarão agora seus planos de negócios detalhados à equipe formada por técnicos do BNDES, Finep e Aneel. As três instituições indicarão os instrumentos financeiros de incentivo mais adequados a cada projeto, que englobam crédito, apoio não reembolsável, subvenção e participação acionária.
Argentina deverá receber energia da AES Uruguaiana. Após retomar as atividades no começo de fevereiro e interrompê-las novamente ao final de março, a expectativa é de que a termelétrica AES Uruguaiana volte, em breve, a gerar a energia. No entanto, ao invés de enviar sua produção para o Brasil, como aconteceu da última vez, o destino da energia da usina será a vizinha Argentina.
As atividades da usina em fevereiro e março deste ano foram sustentadas por um acordo emergencial, em virtude dos problemas de oferta de energia enfrentados pelo Brasil. Para operar nesse período, a térmica foi alimentada com Gás Natural Liquefeito (GNL), um combustível de elevado custo, que chegava à Argentina por navios e depois era encaminhado para Uruguaiana por gasodutos. Em fevereiro, o Custo Variável Unitário (CVU) da térmica foi de R$ 881,72 por MWh, muito superior à média de outras usinas brasileiras.
A usina AES Uruguaiana iniciou as atividades em 2000 e pode alcançar uma capacidade instalada de 639 MW (cerca de 16% da demanda média de energia do Estado). Antes de recomeçar a produzir em 2013, o ficou quase quatro anos inativo em função da interrupção do fornecimento de gás natural por parte da YPF. O Grupo AES manteve a manutenção e preservação dos equipamentos da térmica. Aproximadamente R$ 17 milhões foram investidos para que a estrutura voltasse a gerar energia.
Foram habilitadas 117 empresas líderes a submeter planos de negócio na próxima etapa, com uma demanda potencial de R$ 7,8 bilhões. O total de projetos homologados é bastante superior ao volume de recursos inicialmente disponibilizado para o programa, de R$ 3 bilhões, mostrando o sucesso da iniciativa.
O programa, denominado Plano de Apoio à Inovação Tecnológica no Setor Elétrico, foi lançado em abril de 2013. Do total de recursos, R$ 1,2 bilhão são da FINEP, R$ 1,2 bilhão do BNDES e R$ 600 milhões são da Aneel. Esta primeira etapa do processo visou filtrar propostas que não se adequavam às regras e aos objetivos do programa, ainda que possam ser apoiadas através de outros instrumentos.
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