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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Copom reduz Selic pela nona vez seguida e taxa básica de juros chega a 7,50%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (25) a redução da taxa básica de juros da economia brasileira de 8,25% para 7,5% ao ano.

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Na penúltima reunião de 2017, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta (25/10), a redução da taxa Selic em 0,75 ponto percentual, saindo de 8,25% ao ano para 7,5% ao ano. O índice é o menor desde abril de 2013 e está perto do piso histórico, ocorrido pela primeira vez em outubro de 2012, quando atingiu 7,25% ao ano. A decisão foi unânime.

Com a decisão, o BC sinaliza para o mercado que o ciclo de cortes de juros está se encerrado. A mensagem é que o Copom vai continuar reduzindo a Selic, mas num ritmo mais lento, para evitar um choque inflacionário nos próximos anos.
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Esse foi o nono corte consecutivo na Selic, o que levou a taxa ao menor patamar desde abril de 2013, ou seja, em pouco mais de quatro anos. A queda de 0,75 ponto percentual já era amplamente esperada pelos economistas do mercado financeiro.

A decisão desta quarta marca a redução no ritmo de corte dos juros, que havia sido de 1 ponto percentual nos últimos quatro encontros do Copom. O próprio BC já havia indicado que essa desaceleração aconteceria. 
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A política monetária de corte de juros começou em outubro de 2016, quando a taxa estava em 14,25% ao ano. De lá para cá foram nove reuniões com decisão de queda na Selic, sendo que as quatro últimas o BC decidiu em reduzi-la em 1 ponto percentual. Desde o início, o recuo foi de 6 pontos percentuais.

O Banco Central indicou, em nota divulgada nesta quarta, que deverá reduzir novamente o ritmo de corte dos juros na próxima reunião do Copom, marcada para o início de dezembro.

Copom reduz a taxa Selic para 7,5% ao ano, corte de 0,75 ponto percentual (Foto: Arte/G1)
"Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização [corte dos juros], o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária", informou o BC.

O Copom ressaltou ainda que o processo de "flexibilização" continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação.

O BC informou também que, considerando a previsão do mercado financeiro para juros e câmbio, suas estimativas de inflação estão em torno de 3,3% para 2017, de 4,3% para 2018 e 4,2% para 2019.

Esse cenário do mercado, observou a autoridade monetária, supõe trajetória de juros que encerra 2017 e 2018 em 7% e eleva-se para 8% ao longo de 2019.
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"O Comitê julga que o cenário básico para a inflação tem evoluído conforme o esperado. O comportamento da inflação permanece favorável, com diversas medidas de inflação subjacente em níveis confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária", concluiu.

Segundo relatório Focus, divulgado pela autoridade monetária, o mercado espera que a Selic termine 2017 em 7% ao ano, mas há agentes esperando que caia ainda mais, para 6,75% ao ano ou 6,5% ao ano. A próxima reunião do Copom será a última do ano e está marcada para o dia 5 de dezembro. Para 2018, a expectativa do mercado é que o Banco Central mantenha os juros em 7% ao ano.

Com a inflação controlada e a atividade econômica ainda baixa, o BC reduz a Selic para incentivar a economia. O mercado espera um crescimento de 0,7% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e de 2% em 2018. Já a expectativa de inflação é de 3,06% em 2017 e de 4,02% no próximo ano.
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Com a redução de juros promovida pelo Copom nesta quarta-feira, o Brasil permaneceu no terceiro lugar no ranking mundial de juros reais (calculados com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses), compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management.

Com os juros básicos em 7,5% ao ano, a taxa real do Brasil soma 2,89% ao ano, atrás da Turquia e da Rússia, com juros reais de 4,61% ao ano e de 4,10% ao ano, respectivamente. Nas 40 economias pesquisadas, a taxa média está negativa em 0,2% ao ano. 
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Para a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a redução do ritmo de queda da taxa Selic já era esperada, tendo em vista a sinalização antecipada do próprio Copom, bem como os sinais mais consistentes de recuperação da atividade econômica. “O foco passa a ser qual o novo nível da taxa básica de juros. 

O grande desafio da economia brasileira é voltar a crescer, com inflação e juros baixos. Nesse sentido, o Sistema FIRJAN entende que a aprovação da agenda de reformas é o fator determinante. A reforma da previdência é a prioridade, sendo imprescindível sua votação ainda este ano pelo Congresso Nacional”, informou em comunicado.
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Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a redução da Selic pelo Copom, como vem ocorrendo este ano, é um caminho acertado e necessário.

— Somente terá efeitos significativos na recuperação da economia se houver mais acesso ao crédito e os juros mais baixos chegarem às empresas e aos consumidores, uma vez que a diferença entre Selic e os juros realmente praticados na ponta são totalmente discrepantes.
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Associação Paulista de Supermercados (APAS) avaliou que a decisão do COPOM sinaliza ao mercado a busca por uma retomada do crescimento econômico no curto e médio prazo, mas com compromisso da estabilidade dos preços.

— A redução dos juros para 7,5% ao ano não foi surpresa para a APAS, isso porque a taxa de juros em queda reflete o quadro recessivo da economia ao longo dos últimos anos e visa a retomada da confiança dos empresários e consumidores, o que já se traduz nos primeiros sinais de recuperação em diversos setores — disse Rodrigo Mariano, gerente de Economia e Pesquisa da APAS.
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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), também avalia que o BC foi sensato e acertou ao reduzir a Taxa Selic em 0,75 p.p. “Tudo indica que o cenário é de recuperação, mas gradativa e lenta, de forma que seja possível manter o ritmo de queda de juros, porém, sem colocar em risco as metas de Inflação deste ano e do próximo”, informou em nota.

Para a Força Sindical, ao manter a política de conta-gotas, o governo acerta no remédio ao reduzir a taxa Selic, mas erra na dose ao cortar muito pouco. “Mais uma vez o Copom frustra os trabalhadores, que precisam desesperadamente de mais ousadia. Afinal, treze milhões de pessoas estão desempregadas. A taxa Selic continua extremamente proibitiva, e o Brasil perde outra chance de apostar no setor produtivo devido ao excesso de gradualismo e conservadorismo de quem dirige a economia no País. É sempre importante lembrar que menos juros representam mais empregos”.

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