Levantamento mostra quais ações da bolsa brasileira têm os maiores dividend yields

A Estácio liderou a rentabilidade na distribuição de dividendos nos 12 meses encerrados em 31 de agosto, com dividend yield de 9,9%, quase 1 p.p. acima da Smiles, que ficou no segundo lugar com 8,9%. 

Um levantamento da Economatica mostra que nos últimos 12 meses, a mediana do dividend yield das ações negociadas na bolsa brasileira foi de 1,34% — a menor registrada desde 1995.

Há, no entanto, algumas exceções.Os papéis ordinários da Estácio, por exemplo, apresentam dividend yield de quase 10%. Os da Smiles, de 8,9% e os da Taesa de 7,6%. As três ações citadas aparecem nos primeiros lugares da lista das melhores pagadoras de dividendos.

É importante lembrar que este indicador é interessante, mas não deve ser a única referência na hora de escolher uma ação. Segundo especialistas, o ideal é que sejam avaliados outros fatores como o potencial de crescimento da geração de caixa, que mostra a saúde financeira de uma empresa e se ela terá condições de manter a remuneração dos acionistas no futuro

O ranking dos 20 melhores papéis distribuidores de proventos elaborado pela Economática mostra que os últimos 12 meses foram os piores da série histórica iniciada em 1995. Segundo a empresa, o yield médio foi de 1,34%.

O melhor ano da série foi 1998, quando a rentabilidade foi de mais de 5%. Desde 2015, o índice mostra retração com 2,4% naquele ano, contra 1,79% em 2016.

As elétricas aparecem com cinco papéis no ranking, com liderança da Taesa com yield de 7,6%, seguida por Engie Brasil (7%), Cemig (6,2%), Eletrobras (5,9%) e Copel (5,9%).

O setor financeiro, tradicional distribuidor de proventos, aparecem representados pelo Itaúsa (6,8%), Santander (6,8%), BB Seguridade (5,6%) e Itaú Unibanco (5,6%).

Em quinto lugar com as ações preferenciais e nono com as ordinárias, a Vale é a única do setor de mineração e siderurgia do ranking, com yield de 7,4% e 6,3%, respectivamente.

Entre os papéis que compõe o ranking neste ano, 13 mostraram rendimento superior ao de 2016, enquanto 7 recuaram.

O estudo compreende dividendos e JCPs anunciados entre 1 de setembro de 2016 e 31 de agosto de 2017, com rendimento calculados sobre o preço da ação na data final.