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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Brasil lança US$1 bilhão em títulos na reabertura de bônus com vencimento em 2025

O Brasil captou um total de US$ 1,05 bilhão no mercado internacional de dívida depois da reabertura nesta quinta-feira de títulos da dívida externa com vencimento em 2025 no mercado asiático, no qual conseguiu colocar US$ 50 milhões, segundo informou o Tesouro Nacional em comunicado.

A demanda por ativos do país tem crescido à medida que pesquisas eleitorais mostram chances menores de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), cujas políticas econômicas têm sido firmemente criticadas por investidores. Eles apostam que o próximo presidente do Brasil adotaria políticas fiscais mais austeras, o que elevaria o valor de mercado da dívida do país.

O Tesouro inicialmente planejava vender de 500 milhões a 750 milhões de dólares dos bônus 2025, mas aumentou a oferta quando a demanda superou os 4 bilhões de dólares, disse à Reuters uma fonte do governo com conhecimento da operação.

A demanda forte também permitiu que o Tesouro reduzisse o retorno pago pelos bônus.

As estimativas iniciais de preço para os títulos eram de 160 pontos básicos sobre os títulos equivalentes do Tesouro dos Estados Unidos. Contudo, eles foram lançados com spread de 147 pontos básicos sobre os Treasuries norte-americanos, informou o IFR, um serviço da Thomson Reuters.

A emissão de títulos soberanos é liderada por Morgan Stanley, BTG Pactual e Citigroup, informou o Tesouro mais cedo. Os bônus estão inicialmente sendo vendidos nos mercados europeu e norte-americano, mas também serão oferecidos no mercado asiático. O Tesouro Nacional comunicou que a oferta do título poderá ser estendida ao mercado asiático, em até US$ 50 milhões, nas mesmas condições obtidas na oferta dos mercados europeu e norte-americano. O resultado final da emissão será anunciado depois de concluída a oferta naquele mercado.

Segundo a entidade, os bônus oferecerão uma rentabilidade ao investidor de 3,888% ao ano.

O diferencial em relação ao bônus americano se situa em 147 pontos básicos e segundo o Tesouro, este foi seu menor valor conquistado nos últimos 12 meses.

A operação de venda de bônus com vencimento em janeiro de 2025 foi iniciada na quarta-feira, jornada na qual o Brasil conseguiu colocar US$ 1 bilhão em bônus a 10 anos na Europa e Estados Unidos.

Esta é a terceira operação desta natureza realizada pelo Tesouro neste ano.

Em julho, na última emissão de dívida, o Brasil captou US$ 3,5 bilhões em uma operação que também serviu para recomprar títulos de dívida antiga com taxas de juros mais altas.
É a terceira captação externa do governo brasileiro em 2014.

Em julho, o Tesouro vendeu 3,55 bilhões de dólares em bônus globais para 2045, usando parte dos recursos para recomprar 2 bilhões de dólares em bônus globais mas caros e com prazo entre 2024 e 2041.

O spread da emissão do Global 2045 foi de 187,5 pontos básicos, no maior prêmio pago pelo governo brasileiro desde julho de 2009 para títulos de 30 anos.

A primeira emissão de bônus do Tesouro neste ano ocorreu em março com o Global Euro 2021, que na ocasião teve spread de 165 pontos básicos acima do MidSwap de sete anos. O total emitido naquela ocasião foi de 1 bilhão de euros. 

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