O Santander Brasil encerrou o terceiro trimestre com queda de 6,8% no lucro líquido gerencial sobre um ano antes, para R$ 1,407 bilhão, apesar de reduzir provisões para perdas com crédito e elevar receitas com prestação de serviços.
O resultado da filial brasileira do banco espanhol veio praticamente em linha com o esperado por analistas consultados pela Reuters, de lucro líquido recorrente de R$ 1,33 bilhão.
Os números trimestrais do Santander Brasil foram divulgados depois que a matriz anunciou mais cedo lucro líquido de 1,06 bilhão de euros no terceiro trimestre, também em linha com expectativas do mercado.
O Santander Brasil foi o segundo entre os maiores bancos privado do País a divulgar seus resultados de terceiro trimestre. Na segunda-feira, o Bradesco publicou lucro líquido de R$ 3,06 bilhões, crescimento de 7% sobre o mesmo período de 2012.
O lucro líquido gerencial superou as estimativas de analistas do mercado consultados pela Agência Estado, em 11,4%. A média de oito casas consultadas (BTG Pactual, Citibank, Bank of America Merrill Lynch, Deutsche Bank, GBM Brasil, JPMorgan, Safra e UBS) indicava resultado de R$ 1,263 bilhão.
No conceito societário, o resultado do banco foi de R$ 497 milhões, 0,7% inferior ao obtido no segundo trimestre. O banco espanhol também divulgou lucro líquido consolidado de R$ 1,350 bilhão, 9% menor do que o registrado no segundo trimestre. Os ativos totais do Santander encerraram setembro em R$ 465,408 bilhões, recuo de 0,6% em relação ao segundo trimestre.
O Santander encerrou setembro com patrimônio líquido de R$ 53,457 bilhões, cifra 1,3% maior do que a registrada no segundo trimestre.O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do banco ficou em 10,6% no terceiro trimestre, 0,3 ponto porcentual inferior ao visto no segundo trimestre, de 10,9%. A carteira de crédito ampliada do banco espanhol totalizou R$ 272,790 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 2,3% ante os três meses imediatamente anteriores.
O segmento de grandes empresas foi o que mais cresceu, com alta de 5,4%. Pessoa física veio em seguida com avanço de 2,1%. Em contrapartida, o banco reduziu em 3,3% a oferta de recursos para pequenas e médias empresas em setembro ante junho, e em 0,7% o financiamento ao consumo. A filial brasileira respondeu por 24% do resultado global do Santander, mantendo o posto de mais lucrativa. Reino Unido veio em seguida, com 15%.
A carteira de crédito ampliada do Santander, que somou R$ 272,8 bilhões no terceiro trimestre de 2013, cresceu 11,2% ante um ano, quando os recursos liberados somaram R$ 245,4 bilhões, informou o banco nesta quinta-feira, 24. Em relação ao segundo trimestre, a alta foi de 2,3%.
Os indicadores de inadimplência do Santander no Brasil caíram no terceiro trimestre de 2013. Para o presidente global do Santander, Javier Marín, a melhora dos números deve continuar nos próximos meses. "Se confirma a tendência esperada de melhora da inadimplência. Voltamos ao nível de inadimplência visto na primeira metade de 2012", disse o executivo.Pelo conceito usado pela sede, a inadimplência recuou para 6,12% em setembro - por questões metodológicas, o número difere do apresentado pela filial no Brasil.
A filial brasileira respondeu por 24% do resultado global do Santander, mantendo o posto de mais lucrativa. Reino Unido veio em seguida, com 15%. Apenas no terceiro trimestre, o banco espanhol teve lucro líquido de 1,06 bilhão de euros (3,18 bilhões de reais), em linha com as expectativas do mercado e acima do resultado positivo de 122 milhões de euros registrado um ano antes.
Nos primeiros nove meses do ano, o lucro líquido do grupo espanhol somou 3,3 bilhões de euros (9,9 bilhões de reais) alta de 77% sobre o mesmo período do ano passado. O banco teve lucro líquido de 3,3 bilhões de euros nos nove meses até setembro, alta de 77% sobre o mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre apenas, o banco espanhol teve lucro líquido de 1,06 bilhão de euros, em linha com as expectativas do mercado e acima do resultado positivo de 122 milhões de euros registrado um ano antes.
Na Europa Continental, o lucro líquido foi de 833 milhões, 30,1% a menos; região onde, além do retrocesso de 51% da Espanha, Portugal reduziu seus lucros 19,3% e a Polônia os elevou 11%, enquanto o Santander Consumer Finance ganhou 4,1% mais. O Reino Unido, por sua vez, ganhou 793 milhões até setembro, 1,9% mais, e os Estados Unidos obtiveram 587 milhões, 1,3% mais.
Considerando todas as filias, o Banco Santander obteve um lucro líquido de 3,31 bilhões de euros (R$ 9,998 bilhões) nos nove primeiros meses de 2013, 77% a mais que no mesmo período de 2012. O aumento é justificado especialmente pelas menores necessidades de provisões, o que significa que o banco já lucrou mais que em todo o ano passado (2,295 bilhões de euros).
Em comunicado enviado hoje à Comissão Nacional do Bolsa de Valores (CNMV), a entidade explica que a América Latina forneceu 49% do lucro global, área na qual destacou Brasil. A Europa forneceu 40% às contas do grupo, sendo que 7% vieram da Espanha; 15% do Reino Unido e 6% da Alemanha e da Polônia. Por sua vez, os Estados Unidos forneceram 11% dos lucro do grupo.
O crédito à clientela caiu 2% nesses nove primeiros meses, até 686,821 bilhões, com uma inadimplência de 5,43%, que no mercado espanhol ficou em 6,40%. Os depósitos globais cresceram 5% e se situaram em 633,433 bilhões.
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