As vendas da Natura cresceram 12% no terceiro trimestre, ampliando o resultado de 6,3% obtido no primeiro semestre. A Natura teve lucro menor que o esperado no terceiro trimestre, pressionada por um ajuste não contábil relacionado à sua dívida, mas viu o ritmo de vendas acelerar no Brasil após elevar os investimentos em marketing.
Entre julho e setembro, a companhia de cosméticos teve recuo de 22,6 por cento no lucro líquido ante igual etapa do ano passado, para 183,7 milhões de reais, afetada pela marcação a mercado de derivativos atrelados à dívida em moeda estrangeira.
Excluído o impacto, que não tem efeito caixa, o lucro líquido teria subido 4,5 por cento, disse a companhia, situação em que a cifra superaria a estimativa média de 227,1 milhões de reais apontada por analistas em pesquisa da Reuters.
No trimestre, a receita líquida da empresa cresceu 12 por cento sobre o mesmo período do ano passado, para 1,777 bilhão de reais.
No país, a empresa mostrou recuperação em relação ao desempenho do mesmo período de 2012, com aumento de 5,4%. Já as operações internacionais, continuaram crescendo e alcançaram 17,5%.
Já o lucro líquido da empresa registrou 183,7 milhões de reais (margem 10,3%). De acordo com comunicado oficial da Natura, se eliminado os efeitos da marcação a mercado, o lucro da empresa cresceu 4,5% em comparação ao mesmo período de 2012.
Segundo Roberto Pedote, vice-presidente de Finanças, RI e Jurídico da Natura, em pronunciamento durante conferência, o resultado se deve à intensificação dos investimentos em marketing; às estratégias de vendas no Dia dos Pais, no mês de agosto e, também, ao lançamento do produto “Sou”, que entrou no mercado em julho.
Além disso, a Natura ampliou seu plano de investimentos para o ano, de 450 milhões de reais, para 550 milhões de reais, que, de acordo com o vice-presidente de Finanças, será voltado para a capacidade produtiva da empresa.
No trimestre, a receita líquida da empresa cresceu 12 por cento sobre o mesmo período do ano passado, para 1,777 bilhão de reais.
Responsáveis pela maior parte do resultado da companhia, as vendas no Brasil subiram 5,4 por cento, para 1,46 bilhão de reais. O ritmo de crescimento ficou acima do primeiro semestre, quando houve um tímido aumento de 1,6 por cento na receita líquida obtida no país.
A melhora se deu após a intensificação de investimentos em marketing, com a receita incremental da nova linha SOU e com a estratégia de ciclo de vendas do Dia dos Pais, disse a Natura.
A administração está "confiante" que essas ações vão elevar a participação de mercado da empresa, ressalvando não dispor de dados mais recentes, disse o vice-presidente de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da companhia, Roberto Pedote, em conferência com jornalistas nesta quarta-feira.
No primeiro semestre, a Natura perdeu 1,8 ponto percentual de participação de mercado, período em que o mercado de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cresceu cerca de 10 por cento. No resultado consolidado, o Ebitda cresceu 3,5 por cento no trimestre, para 398,3 milhões de reais, puxado principalmente pela diluição dos custos fixos nas operações internacionais. Mesmo assim, o resultado ficou abaixo de estimativa média de analistas de 411,3 milhões de reais.
A Natura aumentou de 450 para 550 milhões sua previsão de investimentos para 2013. O dinheiro chega com destino certo e será destinado a instalação de uma fábrica de sabonetes no Pará, a criação de um centro de distribuição em São Paulo e o aumento da capacidade produtiva da unidade da empresa em Cajamar (SP).
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