Plano Estratégico da Petrobras 2025-2029
Visão Focada em Exploração e Produção
- A Petrobras irá direcionar seu próximo plano estratégico (2025-2029) para a exploração e produção de petróleo e gás natural, em contraste com a abordagem da gestão anterior.
- Fernando Melgarejo, diretor-executivo financeiro e de Relacionamento com Investidores, destacou a mudança na abordagem, que agora será mais centrada no "upstream".
- Melgarejo mencionou que cada gota de petróleo é considerada importante para a companhia, desde que seja economicamente viável.
Recomposição de Reservas
- A empresa intensificará seus esforços para recompor as reservas de petróleo e gás.
- Há uma previsão de redução das reservas a partir de 2030, o que causa desconforto na atual diretoria.
- A recomposição das reservas será um foco, sem desconsiderar a transição energética.
Nova Gestão e Investimentos
- Fernando Melgarejo assumiu como CFO em meados do ano, após a nomeação de Magda Chambriard como presidente da Petrobras.
- Chambriard tem enfatizado a importância da busca por novas reservas e exploração na Margem Equatorial, uma área com grande potencial, mas com desafios socioambientais.
Investimentos Planejados
- O plano estratégico atual prevê um investimento de US$ 102 bilhões entre 2024 e 2028, um aumento de 31% em relação ao plano anterior.
- A Petrobras aumentou seus investimentos em exploração e produção para US$ 73 bilhões, um aumento de 14%.
- Também está previsto um investimento de até US$ 11,5 bilhões em projetos de baixo carbono, o que representa um avanço em relação ao plano anterior de 2023-2027, que previa US$ 4,4 bilhões.
Transição Energética
- A transição energética continuará sendo parte do planejamento, mas a prioridade será garantir a viabilidade econômica das operações.
- Melgarejo observou que a questão não é “se” a transição ocorrerá, mas “quando”, considerando que o Brasil é um dos países mais limpos em termos de emissão de CO2.
Aspectos Financeiros e Endividamento
Endividamento e Liquidez
- A Petrobras não prevê mudanças significativas no nível de endividamento ou na necessidade de caixa no próximo planejamento.
- Melgarejo afirmou que a companhia deve manter uma normalidade financeira sem grandes alterações abruptas.
Emissão de Títulos
- Recentemente, a Petrobras emitiu US$ 1 bilhão em títulos globais para reduzir o custo da dívida e recomprar títulos mais caros.
- O resultado positivo da emissão demonstra a confiança do mercado na nova gestão.
Avaliação do Mercado
- O mercado mostra uma preocupação excessiva com a dívida, apesar da Petrobras manter uma alavancagem baixa e boa geração de caixa.
- A relação entre dívida bruta e Ebitda ajustado foi de 1,22x no segundo trimestre, considerada baixa para o setor de óleo e gás.
Perspectivas e Recomendação
- O Itaú BBA elevou a recomendação das ações da Petrobras de "neutra" para "compra", com um preço-alvo de R$ 48 para as ações preferenciais.
- A expectativa é que a Petrobras continue focando na exploração e produção de petróleo e gás, mantendo uma robusta política de dividendos.
- A análise do BBA sugere ajustes anuais regulares no plano de investimentos, com foco na reposição das reservas e manutenção da distribuição de dividendos.
Análise da Ação e Recomendação dos Bancos
Desempenho das Ações
- As ações da Petrobras estão negociando em alta, com um aumento de cerca de 2% desde o início do pregão.
- A recomendação de compra para as ações da Petrobras aumentou significativamente desde o início da gestão de Magda Chambriard.
Perspectivas dos Analistas
- Analistas destacam que a Petrobras está bem posicionada devido à valorização do petróleo e à política de dividendos agressiva.
- A empresa é vista como bem posicionada em relação aos seus pares internacionais, com níveis baixos de alavancagem favorecendo o pagamento de dividendos.
Conclusão
O próximo plano estratégico da Petrobras enfatiza a exploração e produção de petróleo e gás, com uma abordagem mais centrada em recomposição de reservas e investimentos em baixo carbono. A gestão financeira da companhia continua a demonstrar robustez, com uma alavancagem baixa e foco na manutenção de uma política de dividendos atraente para os acionistas.
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