A siderúrgica Usiminas anunciou nesta sexta (28) que somou lucro líquido de R$ 176 milhões no segundo trimestre, revertendo assim o prejuízo líquido de R$ 123 milhões sofrido no mesmo período em 2016.
A receita líquida entre abril e junho deste ano foi de R$ 2,6 bilhões, um aumento de 9,3% em comparação com os R$ 2,4 bilhões aitingido no trimestre anterior. De acordo com a empresa, esse avanço se deve a um maior volume de vendas e à alta dos preços na siderurgia e transformação do aço.
O caixa da Usinimas ostentava no fim de junho um total de R$ 1,95 bilhão no fim de junho, contra R$ 2,4 bilhões registrados em março. A dívida líquida, por sua vez, subiu de R$ 4,5 bilhões para R$ 5 bilhões nesse mesmo intervalo.
Aço
As vendas de aço pela Usiminas no segundo trimestre do ano somaram 990 mil toneladas, alta de 10% ante um ano. Em relação ao primeiro trimestre a alta foi de 6%. No primeiro semestre as vendas foram de 1,9 milhão de toneladas, crescimento de 7%.
Das vendas realizadas no segundo trimestre do ano, 85% foram destinadas ao mercado interno e 15% para exportações. O principal destino foi a Alemanha, com 35%, seguido da Argentina, com 19%, e Estados Unidos, com 19%.
A produção de aço bruto foi de 769 mil toneladas no intervalo de abril a junho deste ano, estável em relação ao visto no segundo trimestre de 2016. Em relação ao trimestre imediatamente anterior houve alta de 4%. Já a produção de laminados atingiu um milhão de toneladas, alta de 22% na relação anual e de 4% na trimestral.
Minério
O volume de vendas de minério de ferro pela siderúrgica mineira no segundo trimestre do ano somou 629 mil toneladas, queda de 20% no comparativo anual. Em relação ao primeiro trimestre do ano foi registrada uma queda de 2%. Na primeira metade do ano as vendas de minério de ferro pela Usiminas chegaram a 1,272 milhão de toneladas, queda de 28% ante o observado no mesmo período do ano anterior.
Dessas vendas, 596 mil toneladas foram para a própria Usiminas e 33 mil toneladas para terceiros, no próprio mercado interno.
A dívida líquida da Usiminas no segundo trimestre do ano somou R$ 4,998 bilhões, aumento de 10% ante o observado no mesmo intervalo do ano passado. Na comparação com a dívida no fim de março houve um crescimento de 12%.
A dívida bruta, por sua vez, chegou em R$ 6,9 bilhões no fim de junho último, queda de 4% na relação anual e aumento de 1% ante o visto em março deste ano.
O caixa da companhia no segundo trimestre era de R$ 1,951 bilhão, queda de 28% ante o visto um ano antes e recuo de 19% ante o primeiro trimestre deste ano.
Para este ano está no cronograma de vencimentos uma amortização de R$ 6 milhões, indo para R$ 588 milhões no ano que vem, quando vencem os bônus emitidos pela companhia. Em 2019 é de R$ 94 milhões, em 2020 de R$ 409 milhões, em 2021 de R$ 751 milhões, em 2022 em R$ 1,082 bilhão, valor que se repete anualmente até 2025.
A alavancagem da Usiminas medida pelo indicador dívida líquida pelo Ebitda foi a 2,8 vezes, ante 3,9 vezes no primeiro trimestre do ano, queda muito explicada pelo melhor Ebitda no período.
A Usiminas reportou uma perda financeira de R$ 171,3 milhões no segundo trimestre deste ano, ante um ganho de R$ 114,6 milhões no mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre deste ano a perda foi de R$ 54,5 milhões. A maior perda financeira é basicamente explicada pela variação cambial no período.
Investimentos
Os investimentos da Usiminas no segundo trimestre do ano somaram R$ 34 milhões, queda de 32% em relação ao visto um ano antes. Ante o primeiro trimestre do ano, por outro lado, houve um aumento de 46%.
No intervalo de abril a junho os investimentos foram para a manutenção da atividade, sendo 75% na unidade de siderurgia, 14% na mineração, 7% na transformação de aço e 4% em bens de capital.
No primeiro semestre os desembolsos da siderúrgica mineira chegaram em R$ 57 milhões, queda de 53% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.
O bom resultado foi beneficiado por um avanço de 26,7% na receita no segundo trimestre, ante um ano antes, para R$ 2,57 bilhões, beneficiado pelo aumento das vendas e do preço do aço no período.
Os custos com produtos vendidos subiram 8%, para R$ 2,19 bilhões.
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