A Hypermarcas registrou lucro líquido de R$ 194,9 milhões no segundo trimestre de 2017, o que representa um aumento de 10,5% em relação a igual período de 2016.
Na mesma base de comparação, a receita da companhia subiu 5,6%, passando de R$ 807 milhões para R$ 852,2 milhões. A expansão foi composta, principalmente, pelo aumento dos preços e do volume vendido. A unidade de negócios de genéricos foi destaque.
O aumento na última linha do balanço é reflexo, entre outras coisas, da melhora do resultado financeiro no período, que passou de prejuízo de R$ 51,1 milhões para lucro de R$ 26 milhões.
A companhia apresenta também o lucro das operações continuadas, que entre abril e junho ficou em R$ 238,6 milhões, avanço de 35,5% na comparação anual. No semestre, as operações continuadas lucraram R$ 490,9 milhões, que representa um avanço de 67% em relação a 2016.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas ficou em R$ 318,9 milhões no trimestre, crescimento de 4,6% em relação ao ano passado. Nos seis primeiros meses do ano, o Ebitda neste critério ficou em R$ 668,3 milhões, crescimento de 8,6%. A margem Ebitda no segundo trimestre ficou em 37,4%, ante 37,8% em 2016.
A receita líquida da Hypermarcas no segundo trimestre registrou R$ 852,3 milhões, um avanço de 5,6% em relação ao mesmo espaço de tempo em 2016. No semestre, a receita ficou em R$ 1,78 bilhão, avanço de 8,9%.
A Hypermarcas fechou o mês de junho com uma posição de caixa líquida de R$ 1,451 bilhão, já que a dívida bruta soma R$ 664 milhões, e as disponibilidades chegaram a R$ 2,115 bilhões. Após o resultado da redução de capital, que tirou R$ 821,9 milhões do caixa, a posição líquida de caixa ficou em R$ 636,1
Segundo a companhia, o resultado financeiro foi impulsionado pelo aumento da receita financeira, pela diminuição dos custos de hedge, pela variação cambial e pela ausência de gasto com pré-pagamento de dívidas, contra R$ 13,9 milhões no segundo trimestre de 2016.
O resultado também foi beneficiado pelas operações continuadas, que tiveram crescimento de 35,4% no trimestre para R$ 238,7 milhões. As operações “descontinuadas” passaram de lucro para prejuízo de R$ 43,6 milhões.
Ao longo de 2016 e no início de 2017, a Hypermarcas realizou a venda do seu negócio de cosméticos para a Coty, por R$ 3,8 bilhões; da divisão de preservativos para a Reckitt Benckiser, por R$ 675 milhões; e de sua área de produtos descartáveis ao Ontex Group, por R$ 1 bilhão.
A empresa terminou o trimestre com um fluxo de caixa operacional de R$ 306,6 milhões, aumento de 36,6% em relação ao mesmo período de 2016.
Com o desempenho, a Hypermarcas disse estar "bem posicionada" para alcançar sua estimativa de R$ 1,2 bilhão para o Ebitda. No primeiro semestre essa linha já soma R$ 668,3 milhões.
A empresa, que disse ter finalizado uma reestruturação organizacional após a venda de seu negócio de produtos descartáveis, destacou ainda um crescimento na demanda dos segmentos de "saúde do consumidor" (focada principalmente no negócio de medicamentos isentos de prescrição) e "prescrição de marca" (focada em medicamentos prescritos pela comunidade médica), que registraram um crescimento médio de 15,8%, ante média do mercado de 8,7%.
"Esse desempenho se deve a uma conjunção de fatores como a continuidade dos aumentos dos investimentos de mídia e promoção médica, melhor execução nos pontos de vendas e lançamentos de sucesso", notou a companhia em seu balanço.
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