A EDP Energias do Brasil teve lucro líquido de 142 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 45,1 por cento em relação ao mesmo período de 2016.
Segundo os dados arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a receita líquida da empresa no segundo trimestre de 2017 foi de R$ 2,58 bilhões, em alta de 27,4% sobre os R$ 2,02 bilhões no segundo trimestre de 2016.
O lucro operacional da EDP no segundo trimestre de 2017 foi de R$ 393,6 milhões, em alta de 20,9% sobre os R$ 325,5 milhões do mesmo trimestre do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) avançou 16,1% no segundo trimestre, para R$ 533,5 milhões .
“Os resultados da EDP refletem o bom desempenho do nosso portfólio de negócios, com destaque, neste trimestre, para as áreas de Comercialização, Distribuição e Geração Hídrica”, avalia o presidente da EDP Brasil, Miguel Setas.
No segundo trimestre, a receita líquida da EDPsomou R$ 2,581 bilhões, 27,4% maior do que o alcançado entre abril e junho de 2016. No acumulado do ano, o faturamento cresceu 19% na comparação anual, chegando a R$ 4,888 bilhões.
A companhia deu continuidade também à sua trajetória de controle de custos e manutenção dos gastos gerenciáveis abaixo dos níveis de inflação. No segundo trimestre do ano, o balanço da apresentou uma redução de 3,1% dos gastos com Pessoal, Material, Provisões e Outros (PMSO).
“A implementação, pelo terceiro ano consecutivo da Orçamentação Base Zero (OBZ), reflete de uma forma consistente em uma evolução dos custos de estrutura abaixo da inflação”, completa o presidente.
Investimentos
A EDP Brasil mantém em 2017 o seu compromisso com o investimento no País, e aumentou novamente os aportes, em todas as suas áreas de atuação. Ao todo, a companhia investiu cerca de R$ 157,8 milhões no segundo trimestre do ano, volume 10,3% superior ao registrado entre abril e junho de 2016. No primeiro semestre, foram investidos R$ 324 milhões, 35,6% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
Entre abril e junho deste ano, as distribuidoras investiram R$ 125,5 milhões, volume 8,1% maior do que o registrado em 2016. Já no semestre, o aumento do nível de investimentos foi de 43,4%. Parte desse valor foi destinado ao programa de combate às perdas, investimentos na recomposição e manutenções preventivas na rede.
Como reflexos dos investimentos da EDP no combate às fraudes e furtos e em melhorias da rede, a Empresa registrou também uma redução das perdas totais. A estratégia da Companhia de blindar mais de 60% da sua base de consumo, entre outros investimentos, mostrou-se eficaz na prevenção, o que resultou em uma queda de 0,43 pontos percentuais em São Paulo e de 0,5 pontos percentuais no Espírito Santo.
Transmissão
Considerando o resultado consolidado dos leilões de outubro de 2016 e abril de 2017, a EDP conta hoje com um portfólio de projetos na área de Transmissão que somam um Retorno Anual Permitido (RAP) de R$ 494,2 milhões e um investimento de R$ 3,1 bilhões, que serão aplicados na construção de 1,3 quilômetros de linhas e quatro subestações.
Para Miguel Setas, “a entrada da EDP Brasil no segmento de transmissão visou diversificar e complementar a atuação da empresa em todos os segmentos da cadeia de valor do setor elétrico, com rentabilidade adequada e risco controlado”.
UHE São Manoel
Com 91,4% das obras concluídas até o fim de junho, a Usina Hidrelétrica São Manoel está sendo construída na divisa entre os estados de Mato Grosso e Pará, no Rio Teles Pires. Serão cinco unidades geradoras, totalizando 700 MW de capacidade instalada, e o prazo regulatório para entrar em operação é 2018. O empreendimento conta com a parceria de 33% da China Three Gorges (CTG) e 33% de Furnas Centrais Elétricas.
O investimento realizado no segundo trimestre foi de R$ 244,4 milhões, sendo o total aplicado no empreendimento desde o início da construção de R$ 3,1 bilhões.
Investimentos em Inovação
Durante o segundo trimestre do ano a EDP Brasil deu passos afirmativos na área de Inovação, destacam-se duas iniciativas estruturantes. A primeira foi o estabelecimento no Brasil do “Centro de Excelência de Robotização”. Este é um centro de competências, que conta já com 20 pessoas treinadas. A Companhia tem hoje um programa estruturado de robotização de processos administrativos, já com três robôs em funcionamento. “A robotização de processos é uma área onde a EDP Brasil assumiu liderança no setor elétrico, que visa reforçar níveis superiores de eficiência e produtividade, concentrando as nossas equipas em funções de maior valor acrescentado”, comenta Setas.
A segunda iniciativa em destaque no trimestre é o lançamento da incubadora de start-ups, “EDP Starter”. Este é um projeto que a EDP implementou em 2012, em Portugal, e que está sendo lançado agora no Brasil. Estão inscritas 150 empresas proponentes, das quais serão escolhidas 5 que vão ser incubadas no espaço de co-working – WeWork na Avenida Paulista, em São Paulo. As empresas selecionadas poderão vir a ser alvo de investimento pelo fundo de venture capital corporativo da EDP.
No acumulado do primeiro semestre de 2017, o lucro líquido totalizou R$ 276,757 milhões, uma queda de 30,8% contra igual intervalo de 2016.
O Ebitda ajustado ficou em R$ 1,036 bilhão no primeiro semestre de 2017, alta de 18,3% contra 2016.
A receita operacional líquida de janeiro a junho deste ano atingiu R$ 4,888 bilhões, alta de 19% contra 2016.
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