A Telefônica Brasil teve lucro líquido de 873 milhões de reais no segundo trimestre deste ano, alta de cerca de 25 por cento na comparação anual, beneficiada pela melhora do resultado financeiro e da geração de caixa, bem como pela redução de custos operacionais e outras despesas.
A Telefônica Brasil, dona da Vivo, apresentou receita operacional líquida do segmento móvel (voz, interconexão e dados e serviços) de R$ 6,272 bilhões no segundo trimestre de 2017, crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
O faturamento com dados e serviços aumentou 32,4%, atingindo R$ 4,500 bilhões, continuando como principal responsável pelo avanço da receita da companhia. Esse avanço está relacionado a maiores esforços da Telefônica na venda de pacotes de dados, principalmente nas ofertas pós-pagas, maior adesão aos planos família e a maior penetração de smartphones na base de clientes.
A companhia obteve R$ 1,540 bilhão com chamadas de voz, queda de 30,4%, mantendo a tendência de retração das ligações. Já os ganhos com interconexão recuaram 28,8%, para R$ 233,1 milhões, principalmente em função da redução da tarifa de VU-M ocorrida em fevereiro de 2017.
Com isso, a receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) no segmento móvel subiu 3,6%, para R$ 28,2.
Na contramão, a receita líquida do segmento fixo (telefonia, banda larga, TV por assinatura e serviços corporativos) atingiu R$ 4,163 bilhões no segundo trimestre de 2017, queda de 1,3% frente ao mesmo período do ano passado.
A queda no faturamento atingiu praticamente todas as áreas: chamadas de voz recuaram 7,6%, para R$ 1,778 bilhão; dados corporativos e serviços de TI tiveram queda de 2,8%, para R$ 592,3 milhões; e TV paga sofreu baixa de 1,9%, para R$ 472,3 milhões.
A única receita a crescer no negócio fixo foi a de banda larga, que aumentou 13,3%, para R$ 1,097 bilhão. A evolução positiva neste segmento reflete a melhora do faturamento da receita de ultra banda larga, que representa aproximadamente 62,4% desta receita no período e cresce 20,1% no comparativo anual. Isso é decorrência dos esforços da companhia direcionados ao aumento da base e à migração de clientes para velocidades mais altas, expandindo os acessos em fibra, que possuem maior Arpu.
Em termos recorrentes, o lucro líquido da operadora que atua sob a marca Vivo subiu cerca de 14 por cento no segundo trimestre sobre um ano antes.
As ações da Telefônica Brasil acumulam alta de quase 26 por cento em 2017. Às 10:19, os papéis exibiam desvalorização de 0,13 por cento, enquanto o Ibovespa tinha oscilação negativa de 0,02 por cento.
A Telefônica investiu R$ 1,818 bilhão durante o segundo trimestre de 2017, volume 2,7% maior do que no mesmo período de 2016, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 26, pela companhia. Os investimentos representaram 17% da receita líquida no período.
A Telefônica manteve seus investimentos direcionados, em sua maioria, à ampliação da capacidade de rede e cobertura 4G, à expansão das redes de fibra ótica para novas cidades, especialmente as que chegam até as residências (FTTH, na sigla em inglês).
No primeiro semestre de 2017, a Telefônica adicionou 961 novas cidades à cobertura 4G, totalizando 1.477 cidades ao final de junho.
Endividamento
A companhia terminou o mês de junho com dívida líquida de R$ 2,886 bilhões, queda de 37% em relação ao fim de março.
Essa baixa está relacionada à diminuição da dívida bruta, por conta da liquidação de empréstimos e financiamentos no período. Além disso, a empresa reportou um aumento de 53% no fluxo de caixa livre recorrente, que atingiu R$ 1,958 bilhão, já que em março teve pagamento de valores sazonais relacionados a fundos setoriais.
Dessa forma, a alavancagem (relação entre dívida e Ebitda) da Telefônica baixou de 0,33 vez em março para 0,21 vez no em junho.
A empresa ainda apurou aumento de 7 por cento no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente ante o segundo trimestre do ano passado, para 3,528 bilhões de reais, com expansão na receita do segmento móvel e medidas de eficiência em custos.
A receita operacional líquida da Telefônica Brasil subiu 1,8 por cento na mesma base, para 10,697 bilhões de reais, com elevação de 1,8 ponto percentual na participação de mercado, que atingiu 30,7 por cento ao fim de junho.
Somente no segmento móvel, houve alta de 3,8 por cento na receita, para 6,534 bilhões de reais. Já a receita líquida de ligações de telefonia fixa entre abril e junho encolheu 1,3 por cento ano a ano, para 4,163 bilhões de reais.
Ao mesmo tempo, os custos operacionais da companhia recuaram 1,9 por cento no segundo trimestre, para 7,169 bilhões de reais, enquanto as despesas gerais e administrativas diminuíram 6,6 por cento, para 364,5 milhões de reais.
Outra linha do balanço que exibiu melhora foi o resultado financeiro, com queda de 13,7 por cento na despesa financeira do segundo trimestre, para 264,3 milhões de reais, em decorrência do menor endividamento líquido e da queda dos juros no período.
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