A MRV Engenharia contabilizou lucro líquido de R$ 131 milhões no primeiro trimestre de 2017, o que representa alta de 2% ante o mesmo período do ano passado. A receita líquida cresceu 2,6%, para R$ 1,007 bilhão.
MRV, maior construtora de imóveis econômicos do país, teve lucro líquido de R$ 131 milhões no primeiro trimestre deste ano, superando em 2% o desempenho de igual período de 2016, e se prepara para um novo recorde de lançamentos no segundo trimestre.
Segundo o copresidente da MRV, Rafael Menin, o resultado líquido teria sido maior não fosse pelo aumento de 41,5% das despesas financeiras e gastos maiores com marketing. "Vamos reforçar a marca, mesmo que isso comprometa o balanço da companhia no curto prazo", disse o executivo.
Em busca de redução de custos, a empresa está ampliando o uso de formas de alumínio. A incorporadora pretende elevar a fatia do sistema para 70% até o fim do ano, ante 44,4% no primeiro trimestre e de 27% no fim de 2016.
A margem bruta da companhia subiu de 32,9%, no primeiro trimestre de 2016, para 33,6% de janeiro a março.
As despesas gerais e administrativas tiveram aumento de 7,6%, para R$ 71 milhões.
No fim do trimestre, a dívida líquida sobre patrimônio líquido da MRV era de 6,9%.
De janeiro a março, a companhia gerou caixa de R$ 71 milhões. Foi o 19º trimestre de geração consecutiva de caixa.
A construtora tinha R$ 2,9 bilhões em caixa ao fim de março, 48,6% mais que em igual período um ano antes. Enquanto isso, o endividamento somou R$ 3,278 bilhões, sendo R$ 1,24 bilhão com financiamento e construção e R$ 2,038 bilhões com dívida corporativa.
Em 17 de abril, a empresa já havia antecipado os dados operacionais de janeiro a março, com um nível recorde de lançamentos para o primeiro trimestre, alta de 15% em vendas líquidas e queda de mais de 15% em distratos ano a ano.
O copresidente da MRV reiterou que a meta traçada para o médio prazo é lançar e vender 60 mil unidades por ano. Em 2016, a construtora e suas filiadas lançaram 29.536 unidades.
Para 2017, Menin prevê aumento expressivo dos lançamentos devido à maturidade do estoque de terrenos (landbank), que somava R$ 41,4 bilhões ao fim de março, dos quais R$ 2,5 bilhões já tinham registro de incorporação emitido, o equivalente a 17 mil unidades.
"Com esse landbank que temos agora, o potencial de lançar mais que nos últimos anos é muito maior", afirmou o executivo, lembrando que a empresa aproveitou para construir os estoques num momento em que rivais estavam fora do mercado.
Segundo ele, a MRV deve continuar investindo na compra de terrenos, mesmo que a disputa com os concorrentes se acirre e não planeja se desfazer de áreas compradas. "A janela (de oportunidades) ainda permanece aberta nos próximos dois anos", disse.
Lançamentos e vendas
A MRV lançou empreendimentos cujo valor geral de vendas (VGV) somou R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2017, alta de 24,5% em relação ao mesmo período de 2016. O montante foi recorde para os meses de janeiro a março.
As vendas líquidas da MRV somaram R$ 1,05 bilhão no primeiro trimestre, avanço de 15% na comparação entre os mesmos períodos. Por sua vez, os distratos caíram 15,3%, para R$ 271,2 milhões.
Em 2017, a expectativa da MRV é desembolsar cerca de 400 milhões de reais para pagar áreas adquiridas no passado e comprar novos terrenos, mais que os R$ 290 milhões verificados em 2016.
Menin observou, ainda, que mudanças no mix de lançamentos, com foco maior em capitais que no interior, tende a contribuir para o aumento do preço médio por unidade lançada nos próximos meses.
Ainda de acordo com o executivo, a companhia deve gastar mais que os R$ 190 milhões do ano passado com projetos de infraestrutura.
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