Informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo Banco Central.Recuo está relacionado com queda da taxa de captação dos bancos.
A taxa de juros cobrada nos empréstimos a pessoas físicas (famílias)
ficou em 24,3% em abril, com queda de 0,1 ponto percentual em relação a
março. Os dados do crédito com recursos livres e direcionados foram
divulgados nesta sexta-feira, dia 24, pelo Banco Central (BC). Para as
empresas, a taxa ficou estável em 14% ao ano.
Os números da autoridade monetária mostram que a queda dos juros
cobrados pelos bancos das pessoas físicas, em abril deste ano, está
relacionado com o recuo do seu custo de captação. Ou seja, com o fato de
que as instituições financeiras também pagaram menos pelos recursos.
Dados do BC mostram que a taxa de captação dos bancos recuou 0,2 ponto
percentual em abril, de 9,1% para 8,9% ao ano.
No caso do crédito com recursos livres, a taxa para as famílias
também caiu 0,1 ponto percentual, para 34,4% ao ano. No caso das
empresas, houve alta de 0,4 ponto percentual, para 19,2% ao ano.
Entre as modalidades do crédito com recursos livres está a taxa do
cheque especial, que caiu 1,1 ponto percentual, para 136,8% ao ano.
Mesmo assim, essa é a taxa mais alta pesquisada pelo BC.
A taxa do
crédito pessoal, sem consignação em folha de pagamento, ficou em 67,7%
ao ano, com redução de 0,3 ponto percentual. A taxa anual do crédito
consignado também caiu 0,3 ponto percentual, para 24,3%.O spread -que é a diferença entre o custo de captação dos bancos e
quanto ele cobra de juros dos seus clientes- também permaneceu
inalterado no mês passado, após dois meses de queda.
Por causa da inflação elevada, o BC iniciou no mês passado um novo ciclo de alta na taxa básica de juros -- a Selic--, que influencia o custo do crédito em todo o país. A expectativa é que o BC volte elevar a Selic na próxima semana. Os empréstimos cresceram em abril em ritmo mais lento do que em março.
O
estoque de operações de crédito aumentou 1,1% em relação ao mês
anterior, totalizando R$ 2,453 trilhões. Em 12 meses, a alta acumulada é
de 16,4%.
A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, do crédito
do sistema financeiro para pessoas físicas ficou em 5,3%, com redução de
0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. No caso das empresas,
houve aumento de 0,1 ponto percentual, para 2,3%.
A inadimplência do crédito com recursos livres é maior. Para as pessoas
físicas, ficou em 7,5%, com redução de 0,1 ponto percentual em relação a
março. A inadimplência das empresas, no crédito livre, ficou em 3,7%,
alta de 0,1 ponto percentual.
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