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terça-feira, 21 de maio de 2013

Mapa da indústria da CNI mostra fator da competitividade

Para alcançar níveis internacionais de competitividade, a produtividade da indústria brasileira precisa crescer a uma taxa anual de 4,5% até 2022, estima a CNI (Confederação Nacional da Indústria).

 

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, afirmou nesta terça-feira, 21, que o sistema tributário do País gera viés antiexportador e prejudica investimentos. "O mais grave é que o País conhece os problemas e não consegue superá-los, como mostra a recente discussão sobre reforma do ICMS", disse Andrade, durante o lançamento, em Brasília, do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O documento, segundo a CNI, aponta problemas que inibem o desenvolvimento do Brasil e define ações necessárias para o Brasil crescer mais e melhor. O objetivo da CNI é que o País tenha indústria mais forte e internacionalmente competitiva.

O estudo da CNI apresenta dez pontos para se elevar a produtividade e a competitividade no Brasil. Entre eles está o aumento dos investimentos em educação, melhoria da gestão dos gastos públicos, dobrar os investimentos em infraestrutura, além de simplificação e mais transparência na estrutura tributária.

Dentre as previsões, está a de que o Brasil deverá ampliar a taxa de investimento global de 18% para 24%. Um salto que seria capaz de alinhar o país com o praticado hoje no restante do mundo. Em 2012, a taxa média global ficou em 23,6%.

Tal avanço dependerá principalmente da iniciativa privada. Dos 18% investidos hoje no país, 14% vêm do setor privado e apenas 4% do governo, segundo a CNI.

O Estado, contudo, também precisará atuar. A previsão é que o governo federal eleve a participação do investimento em sua despesa primária total dos atuais 5,8% para 8%.

Deficiências na educação limitam a "capacidade de inovar e a produtividade, com impactos significativos sobre a competitividade das empresas". A boa formação de profissionais ajuda na utilização dos equipamentos, desenvolvimento e implementação de inovações. 

O estudo traça como meta melhorar a qualidade da educação no País, passando da 54ª posição no ranking do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa) de 2009 para 43ª posição em 2021.

Para a CNI, a ineficiência do Estado extrai recursos das empresas além do necessário, reduz a eficiência e provê, em quantidade e qualidade inadequadas, bens públicos com "externalidades positivas, como educação, infraestrutura e segurança pública". "Faz-se necessário melhorar a capacidade de o Estado planejar e executar suas políticas e investimentos." 

A CNI propões que a participação do investimento na despesa primária total do governo federal passe de 5,8% em 2012 para 8% em 2022, média dos países da OCDE nos últimos cinco anos.

A CNI ressalta que um sistema tributário oneroso e complexo reduz a competitividade e desestimula investimentos e lembra que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias entre países em estágio de desenvolvimento similar. "Além de incidir fortemente sobre a produção de bens e serviços, a estrutura tributária é complexa, resultando, muitas vezes, em cumulatividade de tributos", cita o trabalho. 

Para a CNI, o desafio é obter equilíbrio entre a necessidade de arrecadação do Estado e a manutenção de um bom ambiente de negócios, evitando custos excessivos sobre o setor empresarial. 

A confederação aposta que, em 2022, a estrutura tributária brasileira será mais simples e transparente, sem cumulatividade dos tributos, meta lançada no documento divulgado nesta terça-feira, 21.

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