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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Investimento estrangeiro na América Latina atinge recorde em 2012

América Latina e Caribe: US$ 173 bilhões do exterior

A região recebeu o montante em investimento estrangeiro direto no ano passado, segundo a Cepal. Foi o maior valor já registrado, 6,7% superior a 2011.

 
Os países latino-americanos e caribenhos receberam em 2012 um recorde de investimento estrangeiros diretos (IED) de 173,361 bilhões de dólares, 6,7% a mais que no ano anterior, apesar da redução desses fluxos mundiais em um cenário de crise, informou a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal). 

Brasil concentra 41% do investimento estrangeiro na América Latin.
Os valores se explicam pelo crescimento econômico sustentável da região, os altos preços das matérias primas e a elevada rentabilidade dos investimentos associados a exploração de recursos naturais, destaca o relatório da Cepal sobre investimentos diretos estrangeiros apresentado pela entidade. 
 Os principais receptores de investimento estrangeiro direto na região no ano passado foram o Brasil (US$ 65,2 bilhões), o Chile (US$ 30,3 bilhões), a Colômbia (US$ 15,8 bilhões), a  Argentina (US$ 12,5 bilhões) e o Peru (US$ 12,2 bilhões). Os Estados Unidos e os países da União Europeia continuam sendo os principais investidores na região.

O Brasil se manteve em 2012 como o principal receptor de investimento estrangeiro, com US$ 65,272 bilhões, 41% do total da região, apesar de o montante representar uma redução de 2% em comparação com o ano passado.

No Chile, o IED subiu 32% e foi de US$ 30,323 bilhões, o que permitiu a este país superar o México e ficar em segundo lugar entre os principais destinos dos investimentos. O maior aumento em relação a 2011, de 49%, foi registrado no Peru, que recebeu US$ 12,240 bilhões.

Entre outros países que tiveram aumentos na comparação com 2011 estão El Salvador (34%), Argentina (27%), Paraguai (27%), Bolívia (23%), Colômbia (18%), Guatemala (18%) e Uruguai (8%).

O México sofreu uma forte queda de 35%, para US$ 12,659 bilhões, o que, segundo a Cepal, se deve à colocação na bolsa de 25% da filial do Banco Santander nesse país por um valor de US$ 4,1 bilhões.
 Em outro relatório de 23 de abril, a Cepal estimou que as economias latino-americanas crescerão 3,5% em 2013, abaixo dos 3,8% projetados em dezembro, sustentadas, em parte, por um maior crescimento esperado do Brasil e da Argentina.

As multinacionais com presença na América Latina e no Caribe mantiveram em 2012 a tendência de reinvestir cerca de 45% dos lucros nos países onde foram gerados, enquanto 55% foram destinados a suas matrizes.

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