América Latina e Caribe: US$ 173 bilhões do exterior
A região recebeu o montante em investimento estrangeiro direto no ano passado, segundo a Cepal. Foi o maior valor já registrado, 6,7% superior a 2011.
Os países latino-americanos e caribenhos receberam em 2012 um recorde de
investimento estrangeiros diretos (IED) de 173,361 bilhões de dólares,
6,7% a mais que no ano anterior, apesar da redução desses fluxos
mundiais em um cenário de crise, informou a Comissão Econômica para
América Latina e o Caribe (Cepal).
Brasil concentra 41% do investimento estrangeiro na América Latin.
Os
valores se explicam pelo crescimento econômico sustentável da região, os
altos preços das matérias primas e a elevada rentabilidade dos
investimentos associados a exploração de recursos naturais, destaca o
relatório da Cepal sobre investimentos diretos estrangeiros apresentado
pela entidade.
Os principais receptores de investimento estrangeiro direto na região no
ano passado foram o Brasil (US$ 65,2 bilhões), o Chile (US$ 30,3
bilhões), a Colômbia (US$ 15,8 bilhões), a Argentina (US$ 12,5 bilhões)
e o Peru (US$ 12,2 bilhões). Os Estados Unidos e os países da União
Europeia continuam sendo os principais investidores na região.
O Brasil se manteve em 2012 como o principal receptor de investimento
estrangeiro, com US$ 65,272 bilhões, 41% do total da região, apesar de o
montante representar uma redução de 2% em comparação com o ano passado.
No Chile, o IED subiu 32% e foi de US$ 30,323 bilhões, o que permitiu a
este país superar o México e ficar em segundo lugar entre os principais
destinos dos investimentos. O maior aumento em relação a 2011, de 49%,
foi registrado no Peru, que recebeu US$ 12,240 bilhões.
Entre outros países que tiveram aumentos na comparação com 2011 estão
El Salvador (34%), Argentina (27%), Paraguai (27%), Bolívia (23%),
Colômbia (18%), Guatemala (18%) e Uruguai (8%).
O México sofreu uma forte queda de 35%, para US$ 12,659 bilhões, o que,
segundo a Cepal, se deve à colocação na bolsa de 25% da filial do Banco Santander nesse país por um valor de US$ 4,1 bilhões.
Em outro relatório de 23 de abril, a Cepal estimou que as economias
latino-americanas crescerão 3,5% em 2013, abaixo dos 3,8% projetados em
dezembro, sustentadas, em parte, por um maior crescimento esperado do
Brasil e da Argentina.
As multinacionais com presença na América Latina e no Caribe mantiveram
em 2012 a tendência de reinvestir cerca de 45% dos lucros nos países
onde foram gerados, enquanto 55% foram destinados a suas matrizes.
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