BANCO DE GRÁFICOS

Posts anteriores

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Conheça as 9 capitais brasileiras onde mais famílias estão endividadas

De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 63% das famílias brasileiras possuem dívidas.

O volume de famílias endividadas no Brasil acelerou para 63% no ano passado, ante 59% em 2012, de acordo com a pesquisa. No período, houve acréscimo de 770 mil famílias com algum tipo de crédito ou financiamento. O valor mensal das dívidas aumentou 8%, de R$ 14,9 bilhões para R$ 16,1 bilhões.

Apesar disso, a parcela mensal das dívidas por família brasileira recuou 1,5%, ao passar de R$ 1.869,00 para R$ 1,840,00. De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, essa queda contribuiu para manter o comprometimento da renda em 30%, nível considerado “razoavelmente adequado” para não sinalizar um eventual risco de estouro da inadimplência.

No ano passado, a média do saldo de crédito com recursos livres para pessoa física foi de R$ 738,2 bilhões, o que equivale a cerca de 17% do PIB. Segundo a Federação, esse baixo porcentual mostra que ainda existe grande espaço para a expansão de empréstimos à população, desde que haja critérios rigorosos de segurança na hora da oferta.
Economistas da FecomercioSP afirmam que os dados revelam que o consumidor ficou mais “cauteloso” na tomada de crédito, principalmente em razão da alta dos juros, o que justifica a estabilidade do nível de inadimplência. A entidade lembra que esse comportamento impactou diretamente no desempenho do varejo, que registrou crescimento “bem abaixo da média” em 2013, que persiste em 2014.

Eles destacam ainda que a tendência é de o mercado de famílias tomadoras de crédito ficar ao redor de 60% do total, asseguradas pela renda e pelo emprego em níveis positivos, seja para consumo ou quitação de dívidas. “De toda forma, esse cenário pode se modificar, caso a inflação se mantenha em patamares elevados por um período maior”, destacam em nota.

De acordo com o assessor econômico da FecomercioSP, Fábio Pina, a situação das capitais do Nordeste em termos de endividamento das famílias é parecida e está relacionada a uma demanda maior por crédito em regiões onde já se tinha um acesso mais amplo para o consumo de determinados produtos. 

Os efeitos do endividamento em 2013 podem estar sendo sentidos mais fortemente pelo comércio em 2014. Segundo o assessor econômico, os números do primeiro semestre divulgados pela Fecomércio-RN, mostrando um percentual de crescimento acumulado nos primeiros meses do ano de 3,2%, abaixo dos 9,4% registrados no mesmo período de 2013, podem ser consequência do endividamento de 2013. “Me parece que todo o sistema baseado em consumo chegou num gargalo agora”, explica. 

Pina frisa que, em se tratando do planejamento das famílias, o endividamento não precisa necessariamente de solução, mas deve ser administrado para que o tamanho da dívida não comprometa consumos necessários.

Nos últimos três anos a inadimplência das pessoas físicas tem se mantido em padrões aceitáveis. Em 2013, por exemplo, 13,9% dos endividados tinham parcelas vencidas há mais de 15 dias, 1,5 ponto porcentual abaixo de 2012. A inadimplência de curto prazo - de 15 dias a três meses - abrangia, no ano passado, 6,6% do total de famílias com dívidas e a de longo prazo - acima de 90 dias - 7,2%.
Na capital paulista, com a maior população no País, o valor mensal de dívidas das famílias em 2013 foi de R$ 3,2 bilhões em média, após crescimento de 9,5% em relação ao ano anterior - acima da variação média brasileira, de 8,0%. De 2011 para 2012, o aumento em São Paulo/SP havia sido de 11,5% contra 1,6% em todas as capitais, em média. A assessoria econômica da FecomercioSP avalia que o resultado se deve, entre outras coisas, à maior oferta de crédito à população paulistana. 

Nos últimos três anos o nível de endividamento da capital paulista vem subindo: em 2011 era de 47% do total; em 2012 cresceu para 49%; e em 2013 chegou a 53%. Ainda assim, a capital que registrou o maior porcentual de famílias endividadas foi Curitiba/PR, com 87% do total, seguida por Florianópolis/SC (86%).

Já a maior variação de crescimento das dívidas entre as capitais foi a de Manaus, no Amazonas, com 49% de alta, seguida por Belém/PA (46%), Campo Grande/MS (39%), Boa Vista/RR (38%) e Salvador/BA (36%). Por outro lado, a capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, teve a maior redução no volume de dívidas das famílias: -21%. Entre as cinco capitais que mostraram recuo nos gastos ficaram, ainda, Aracaju/SE (-20%), Cuiabá/MT (-19%), Porto Alegre/RS (-19%) e Fortaleza/CE (-15%).
A capital amazonense também aparece com o maior volume de famílias inadimplentes (35%), bem acima da média das 27 capitais (21%). Em sentido oposto, Palmas/TO se destacou com a menor taxa de contas em atraso: apenas 8%. Aracaju/SE, no entanto, foi a cidade que conseguiu a maior variação positiva - reduziu em 25 pontos porcentuais o número de famílias endividadas, passando de 45% para 20% em 2013.

Já em relação aos maiores valores mensais de dívida por família, Vitória/ES lidera o ranking, com R$ 3.298 e em segundo lugar ficou a capital catarinense, com R$ 3.094. A menor dívida média familiar foi registrada em Fortaleza, com R$ 711 - queda de 35% se comparado a 2012.

De acordo com a Federação, os dados revelam que o consumidor está mais cauteloso na tomada de crédito - principalmente pela alta dos juros - o que justifica a estabilidade do nível de inadimplência. Esse comportamento impactou diretamente no desempenho do varejo, que registrou aumento bem abaixo da média de anos anteriores e que ainda persiste em 2014. Além disso, segundo a Entidade, o comprometimento médio da renda com dívidas se manteve aos 30%, patamar considerado saudável.
Fortaleza apresentou, em 2013, a menor dívida por família (R$ 711) entre todas as capitais do País, cuja média foi de R$ 1.840, terceira alta consecutiva. O valor representa uma queda de 35% em relação aos R$ 1.100 apurados em 2012 na cidade. As informações fazem parte da pesquisa Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e traz dados comparativos de 2011, 2012 e 2013, com base em informações do IBGE e da CNC. 

Já Recife, em Pernambuco, assim como nos anos de 2011 e 2012, foi a única no Nordeste que apresentou valor muito acima da média brasileira: R$ 2.175. Com R$ 1.863 de dívida por família, João Pessoa, na Paraíba, praticamente se igualou à média. Abaixo, ficaram os municípios de Salvador/BA (R$ 1.445), Maceió/AL (R$ 1.497), São Luís/MA (R$ 1.275), Teresina/PI (R$ 1.722), Natal/RN (R$ 1.365) e Aracaju/SE (R$ 1.419). 

Em 2013, Fortaleza liderou, ainda, o ranking nacional no que diz respeito ao menor porcentual de renda comprometida com as dívidas (21%). Cenário contrário aos dois últimos resultados, quando ultrapassou as médias de 29% e 30%, em 2011 e 2012, respectivamente. Da região, ainda ficaram entre as cinco primeiras dessa lista Salvador (28%) e São Luís (26%). 

Nesse mesmo quesito, João Pessoa, Teresina e Maceió estão à frente das capitais brasileiras com maior valor de renda comprometida, sendo que as duas primeiras registraram 44% e a terceira 40%. 

Com relação ao porcentual de dívidas em atraso, a capital de destaque foi Aracaju, que reduziu em 25 pontos porcentuais o nível de inadimplência das famílias: de 45% do total apurado em 2012 para 20% este ano. Em 2011, a cidade havia registrado 43%. 

A capital de Sergipe ainda se igualou à média do nível de endividamento do País (63%), juntamente com Recife. Do Nordeste, acima dessa média nacional ficaram João Pessoa (75%), Maceió (74%), Natal (74%), Fortaleza (67%), São Luís (66%) e Teresina (65%). A única capital da região que ficou abaixo da média de famílias endividadas foi Salvador, com 60%. Ainda assim, entre 2012 e 2013, a taxa de endividamento das famílias soteropolitanas cresceu 20 pontos porcentuais. A segunda maior alta regional no volume de famílias endividadas foi a registrada em Fortaleza, com aumento de 15 p.p., atingindo, em 2013, 67% do total.
Campo Grande é a terceira capital do País com a maior parcela de famílias com dívidas em atraso, mostra a 4ª edição da Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Na capital sul-mato-grossense, 32% das famílias têm débitos atrasados, índice inferior apenas ao de Manaus (35%) e Boa Vista (34%). Campo Grande também ocupa a terceira colocação em crescimento da dívida. A pesquisa traz informações sobre a situação das contas dos brasileiros em 2013, comparando-a com a de 2012. 

As capitais de Mato Grosso e Goiás estão entre as cinco do Brasil com menores porcentagens de famílias endividadas: 60% e 46%, respectivamente - abaixo da média brasileira (63%). As informações fazem parte da pesquisa Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) e traz dados comparativos de 2011, 2012 e 2013, com base em informações do IBGE e da CNC. 

Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, - embora não esteja entre as primeiras dessa lista de baixo endividamento - vem em seguida na região Centro-Oeste, com 65% de famílias endividadas, após dois resultados abaixo da média. Já Brasília aparece com um porcentual bem mais elevado: 84% - por sinal, está entre as cinco maiores proporções no País, com terceira alta conseguinte.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 155 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por 11% do PIB paulista - aproximadamente 4% do PIB brasileiro - e gera cerca de cinco milhões de empregos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

comentários...