BANCO DE GRÁFICOS

Posts anteriores

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

BNDES lucra R$ 5,741 bilhões no 1º semestre

BNDES eleva lucro em 67,8% no 1º semestre, impulsionado por BNDESPar.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 5,471 bilhões no primeiro semestre de 2014, resultado 67,8% acima de igual período de 2013, conforme nota divulgada nesta sexta-feira, 22, pela instituição. Até 10h30, o relatório financeiro do segundo trimestre não havia entrada no site do banco de fomento e o lucro trimestral não foi informado.

Segundo a nota, o resultado é o maior já apresentado para primeiros semestres na história do banco. No primeiro semestre de 2013, o lucro líquido foi de R$ 3,261 bilhões. "O lucro foi influenciado pelo bom desempenho da BNDESPAR, empresa de participações do BNDES", diz a nota.

A BNDESPar lucrou R$ 1,967 bilhão no segundo trimestre, salto de 762,7% ante igual período de 2013, segundo balanço financeiro entregue na quinta-feira, 21, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No semestre, a empresa lucrou R$ 2,148 bilhões, 236,2% acima da primeira metade do ano passado. Além da BNDESPar, o lucro do banco de fomento incorporou os resultados também da Finame, agência de financiamento a vendas de máquinas e equipamentos. A atividade bancária em si teve resultado semestral de 2,994 bilhões de reais, ante 1,969 bilhão de reais em 2013, enquanto a Finame lucrou 330,9 milhões de reais (abaixo dos 443,9 milhões de reais do ano passado).
Ainda de acordo com o BNDES, contribuiu para o lucro o "crescimento de 108,2% do resultado com participações societárias, que passou de 1,779 bilhão de reais no primeiro semestre de 2013 para 3,703 bilhões de reais no mesmo período deste ano".

O BNDES também reportou aumento de 19,3% do resultado de intermediação financeira, registrando 5,994 bilhões de reais no primeiro semestre, ante 5,025 bilhões de reais na primeira metade do ano passado. "A expansão foi consequência do crescimento da carteira de crédito e repasses, da gestão dos recursos de tesouraria e da melhora do resultado com provisão para risco de crédito", informou o banco.

O patrimônio de referência, que determina a capacidade de financiamento do banco, atingiu 110,458 bilhões de reais em junho de 2014, ante 108,669 bilhões de reais registrados em dezembro de 2013 e 96,021 bilhões de reais em junho do ano passado.

Também foram divulgados os dados dos demais indicadores do período. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio do Sistema BNDES alcançou 8,53%, acima dos 6,73% do mesmo semestre de 2013. O índice de Basileia atingiu 18,4%, superior aos 17,1% de março deste ano e aos 15,8% apurados em junho de 2013.

O BNDES credita o aumento de seu lucro líquido consolidado a três fatores. O primeiro deles é a alta de 31,8% da receita com dividendos e juros sobre capital próprio, que saiu de R$ 1,999 bilhão em 2013 para R$ 2,634 bilhões em 2014. O segundo é a melhora do resultado com derivativos, que passou de R$ 187 milhões no primeiro semestre de 2013 para R$ 657 milhões no mesmo semestre de 2014. Por último, a empresa cita a redução de 57,7% da despesa com provisão para perdas em investimentos no montante de R$ 795 milhões, ante R$ 336 milhões no semestre corrente.

Segundo o BNDES, o aumento de 19,3% do resultado de intermediação financeira também influenciou o aumento de lucros. O patrimônio de referência (PR), que determina a capacidade de financiamento do banco, atingiu R$ 110,458 bilhões em junho de 2014, superior aos R$ 108,669 bilhões registrados em dezembro de 2013 e dos R$ 96,021 bilhões de junho do ano passado.

A Justiça Federal do Distrito Federal condenou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a tornar públicas todas as informações sobre empréstimos concedidos a empresas públicas ou privadas nos últimos dez anos — e de hoje em diante. O BNDES alega sigilo bancário como argumento para não fornecer informações sobre os empréstimos. Contudo, a juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara, concluiu que o sigilo não deve ser cumprido quando se trata de dinheiro público. 

Entre as informações que deverão ser públicas nos termos da Lei de Acesso à Informação estão os valores emprestados, os prazos do investimento, o grau de risco, as taxas de juros, os valores de aquisição de ações, a forma de captação do recurso utilizado, as garantias exigidas, os critérios ou justificativas de indeferimento de eventuais pedidos de apoio financeiro e a compatibilidade do apoio concedido com as linhas de investimento do Banco.

A sentença também condena o BNDES a repassar ao Ministério Público Federal as informações requisitadas sobre as atividades realizadas pela instituição ou suas sua subsidiária – a BNDESPAR, algo que não ocorria até então. A multa de descumprimento da sentença é de 50 mil reais por dia.

A decisão foi tomada após análise da ação civil pública que questionava o banco por sua atuação na tentativa de fusão entre o Carrefour e o Pão de Açúcar, operação na qual o BNDES investiria 4,5 bilhões de reais. O banco tem utilizado, ao longo da década, dinheiro público emprestado a juros subsidiados para financiar grupos privados sem qualquer função de desenvolvimento social. Questionado pelo MP à época, o banco se negou a passar informações sobre o negócio. Em julho, a instituição autorizou 2,7 bilhões de reais para a B2W, empresa de e-commerce dona de Lojas Americanas e Submarino. O banco também financiou a construção do porto de Mariel, em Cuba, sem informar o exato destino dos recursos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

comentários...