Foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a venda do controle acionário da Rede Energia à empresa Energisa (ENGI3).
O órgão de defesa da concorrência, através da sua Superintendência Geral, não fez qualquer restrição à operação. Com o negócio, a Energisa assumirá todas as ações do Grupo Rede detidas por Jorge Queiroz de Moraes e fará investimentos nas empresas do Grupo previstos no Plano de Recuperação Judicial.
A decisão é assinada pela Superintendência-Geral do órgão e está em despacho publicado quinta-feira, 17, no Diário Oficial da União.
Em setembro, o plano de recuperação judicial do Grupo Rede Energia foi aprovado pela Justiça, abrindo caminho para a Energisa assumir o controle da companhia e a recuperação das oito distribuidoras sob intervenção do governo.
No plano de recuperação judicial das holdings do Grupo Rede, a Energisa propôs assumir o controle do grupo e as dívidas com credores, além de um investimento inicial de R$ 1,1 bilhão para sanear as distribuidoras.
A Energisa informou que em 1º de outubro entregou um plano de recuperação detalhado para o Grupo Rede, cumprindo o prazo previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
"O documento trouxe um amplo e detalhado diagnóstico sobre as empresas que integram o Rede e apresenta soluções robustas e sustentáveis para o negócio", informou a empresa, em nota.
"Estamos atuando com o máximo de agilidade para que possamos iniciar o processo de integração destas empresas à Energisa e equacionarmos os problemas o mais rápido possível", disse o presidente da Energisa, Ricardo Botelho, em nota.
O Grupo Rede tem oito distribuidoras - Caiuá (SP), Celtins (TO), Cia de Força e Luz do Oeste (PR), Companhia Nacional de Energia Elétrica (SP), Empresa de Distribuição de Energia do Vale Paranapanema (SP), Empresa Elétrica Bragantina(SP), Cemat (MT) e Enersul (MS), num total de 3,3 milhões de consumidores.
O grupo, que em 2012 faturou R$ 7,2 bilhões, possui também uma geradora, a Tangará Energia, com capacidade instalada de 120 megawatts.
O negócio entre as companhias consiste na Energisa comprando todas as ações do grupo Rede detidas por Jorge Queiroz de Moraes Junior. Agora com um novo comando, a Rede Energia (REDE4)receberá investimentos previstos no Plano de Recuperação Judicial.
Sob todos os aspectos, o Cade analisou com critério a concentração de mercado e sentenciou que a operação não oferece riscos à concorrência no setor.
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