O Bradesco teve lucro líquido de R$ 3,064 bilhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 7,1% sobre o mesmo período do ano passado, informou a instituição na segunda-feira (21). Com relação ao segundo trimestre, o crescimento foi de 3,9%.
O Bradesco, primeiro grande banco privado a divulgar resultados referentes ao terceiro trimestre deste ano, anunciou lucro líquido contábil de R$ 3,064 bilhões, crescimento de 7,1% em um ano, quando o resultado foi de R$ 2,862 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre, a instituição apurou expansão de 3,9%.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio foi a 18,4% ao final de setembro contra 19,9% visto no terceiro trimestre de 2012, recuo de 1,5 ponto porcentual. Em relação ao segundo trimestre deste ano, a queda foi de 0,4 ponto porcentual.
A carteira de crédito expandida do banco, que inclui avais e fianças, somou R$ 412,559 bilhões de julho a setembro, aumento de 2,5% em relação ao segundo trimestre deste ano. Ante igual período de 2012, foi vista elevação de 11%.
No terceiro trimestre, o destaque na carteira de crédito do Bradesco foi o avanço das operações de pessoas físicas, que cresceram 2,8% em relação ao segundo, totalizando R$ 127,068 bilhões. Em um ano, a alta foi de 10,9%. Já na pessoa jurídica, o aumento foi de 2,3% e 11%, respectivamente.
O Bradesco encerrou setembro com ativos totais de R$ 907,694 bilhões ao término, expansão de 6,0% em um ano e de 1,2% na comparação trimestral. O patrimônio líquido do banco ficou em R$ 67,033 bilhões, elevação de 1,5% em relação ao mesmo mês de 2012e também ante o segundo trimestre deste ano.
Após divulgar hoje seus resultados no terceiro trimestre, o Bradesco foi tema de diversas análises de mercado. O balanço não chegou a decepcionar os analistas, mas também não surpreendeu. No geral, as corretoras consideraram os números dentro do esperado. As despesas operacionais, que consideram os gastos com pessoal e também os administrativos, do Bradesco totalizaram R$ 6,977 bilhões no terceiro trimestre deste ano, cifra 3,1% superior à registrada nos três meses imediatamente anteriores.
Na comparação anual, a alta foi de 4,4%. Mesmo assim, o lucro líquido contábil da instituição cresceu 7,1% no terceiro trimestre ante um ano, para R$ 3,064 bilhões. O aumento das despesas operacionais tanto na comparação trimestral como na anual está em linha com a projeção do banco para 2013. O Bradesco espera que esses gastos tenham crescimento de no mínimo 2% e no máximo de 6%.
As despesas de pessoal somaram R$ 3,346 bilhões no terceiro trimestre, alta de 4,9% em relação ao trimestre anterior. Já os gastos administrativos somaram R$ 3,631 bilhões, apresentando um aumento de R$ 53 milhões em relação ao trimestre anterior, devido, basicamente, ao aumento no volume de negócios e serviços.
O total de pontos de atendimento do Bradesco aumentou em 895 unidades no terceiro trimestre em relação ao segundo, sendo 795 em unidades dos chamados Bradesco Expresso, correspondentes bancários instalados em supermercados e farmácias. Ao término de setembro, o banco contava com 71,724 mil pontos de atendimento em setembro, sendo 4.697 agências.
De julho a setembro, o Bradesco fechou cinco agências em relação ao trimestre anterior. No acumulado de 2013, porém, o banco abriu 32 unidades. O número de colaboradores da instituição foi reduzido em 541 funcionários no terceiro trimestre em relação ao segundo, totalizando 101,410 mil. Na comparação anual, o quadro foi diminuído em 2,690 mil pessoas.
Gastos menores com provisões para perdas com calotes, resultado do foco do segundo maior banco privado do país por modalidades de empréstimo de menor risco, como consignado e imobiliário, o ajudaram a ter lucro de 3,06 bilhões de reais no período, avanço de 7,1 por cento ante mesma etapa de 2012.
O lucro líquido recorrente ficou ligeiramente acima da expectativa do mercado, a 3,082 bilhões de reais, enquanto oito analistas consultados pela Thomson Reuters previam, em média, lucro recorrente de 3,06 bilhões de reais. Em bases anuais, o lucro recorrente cresceu 6,5 por cento.
A cautela na concessão de novos empréstimos deixou a instituição mais protegida de calotes. A inadimplência acima de 90 dias foi de 3,6 por cento, ante 4,1 por cento um ano antes e 3,7 por cento no segundo trimestre.
O maior recuo ocorreu no segmento de pessoa física, cuja inadimplência passou de 6,2 por cento para 5,2 por cento na comparação anual.
Os calotes em pequenas e médias empresas passaram de 4,3 para 4 por cento na mesma comparação, enquanto atrasos acima de 90 dias em grandes empresas ficaram estáveis em 0,4 por cento, mas avançando ante o 0,2 por cento do segundo trimestre.
A expectativa do banco é de que a inadimplência se estabilize ou caia no terceiro trimestre e em 2014. Segundo Angelotti, o foco do banco em modalidades de crédito de menor risco, como consignado e imobiliário, justificam o otimismo em relação à inadimplência.
Com isso, as despesas com provisão para devedores duvidosos recuaram 12,8 por cento em bases anuais, a 2,88 bilhões de reais. Ante o período de abril a junho deste ano, a queda foi de cerca de 7 por cento.
Aliviando preocupações do mercado, os ganhos com tesouraria somaram 107 milhões de reais no terceiro trimestre, bem acima do resultado de 18 milhões de reais obtido no trimestre anterior. No mesmo intervalo de 2012, os ganhos com tesouraria tinham sido de 197 milhões de reais.
As despesas operacionais cresceram dentro do nível esperado pelo banco, de 2 a 6 por cento. Este item somou 6,98 bilhões de reais, avanço de 4,2 por cento ante o mesmo trimestre de 2012.
O desempenho do banco de investimentos, o Bradesco BBI, ficou aquém do registrado no segundo trimestre e explica o recuo de 0,1% nas receitas de prestação de serviços ante o trimestre anterior, disse o executivo. "No terceiro trimestre não conseguimos repetir o bom desempenho porque o mercado ficou retraído", disse Angelotti. Quando comparadas com o mesmo intervalo do ano passado, estas receitas avançaram 12,1%.
Para o quarto trimestre, o banco prevê uma recuperação do banco de investimentos, o que levará o desempenho das receitas com prestação de serviços a fechar dentro da meta de 12% a 16% de crescimento.
Nos primeiros nove meses de 2013, o lucro líquido ajustado foi de R$ 9,003 bilhões (variação de 4,6% em relação ao resultado de R$ 8,605 bilhões no mesmo período de 2012.
O lucro líquido contábil no período foi de R$ 8,932 bilhões, ante R$ 8,488 bilhões no mesmo perído do ano passado.
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