A Localiza encerrou o segundo trimestre de 2017 com lucro líquido de R$ 129,3 milhões, uma alta de 31,9% em relação ao apurado no mesmo intervalo de 2016.
O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, na sigla em inglês) consolidado cresceu 27,5 por cento na comparação ano a ano, para 298,7 milhões de reais.
A concessão de maiores descontos no aluguel de veículos e um forte aumento das vendas de veículos ajudaram a Localiza a ter um salto nas receitas e no lucro do segundo trimestre, mesmo com a persistente fraqueza da economia do país.
Segundo o diretor financeiro da Localiza, Roberto Mendes, a tendência é a Localiza manter o volume de negócios nos próximos meses, conforme a empresa vai ampliando a base de lojas próprias no país e eleva a frota.
"A crise está atrapalhando todo mundo, mas nós nos preparamos, revisamos processos e cortamos custos com antecedência", afirmou o executivo em entrevista à Reuters. Segundo ele, a taxa de utilização dos veículos da área de aluguel foi de cerca de 75 % no segundo trimestre ante 73,5% nos três primeiros meses do ano e 73,7% no segundo trimestre de 2016.
A receita líquida total da companhia somou R$ 1,345 bilhão de abril a junho, alta de 39,7%. Desse montante, R$ 577,9 milhões foram obtidos com receitas líquidas de aluguel (alta de 17,6% na base anual), sendo 21,2% na divisão de aluguel de carros e 10,6% no segmento de gestão de frotas. Os R$ 767,8 milhões restantes dizem respeito à receita líquida de seminovos, que cresceu 62,8% entre os períodos.
O resultado operacional (Ebit) chegou a R$ 235,6 milhões no trimestre, alta de 31,6%. A margem Ebit calculada sobre a receita de aluguel avançou 4,3 pontos percentuais (p.p.), a 40,8%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 27,5% no segundo trimestre, na base anual, para R$ 298,7 milhões. O Ebitda de aluguel avançou 17%, a R$ 245,1 milhões, com margem Ebitda de 42,4%, queda de 0,2 p.p. O Ebitda de seminovos cresceu 115,3%, a R$ 53,6 milhões, com 7% de margem, alta de 1,7 p.p.
De acordo com a empresa, o lucro de R$ 129,3 milhões apurado entre abril e junho deste ano foi recorde, impulsionado pelo aumento de R$ 64,4 milhões no Ebitda na base anual.
Por outro lado, o crescimento na última linha do balanço foi parcialmente compensado pelo aumento de R$ 8,3 milhões na depreciação dos carros, em função do aumento da frota e da depreciação média por carro na divisão de aluguel, e pela linha “outras despesas operacionais”, que somou R$ 4 milhões no trimestre — entre abril e junho de 2016, o saldo desta linha foi positivo em R$ 143 milhões.
A empresa também teve o impacto da piora no resultado financeiro, com despesas passando de R$ 49,5 milhões para R$ 67,2 milhões, alta de 35,7% entre os períodos. Segundo a Localiza, o aumento se deve ao crescimento da dívida líquida média, consequência dos investimentos para expansão da frota, parcialmente compensada pela queda na taxa básica de juros.
Diante do ciclo de queda da taxa básica de juros, a Localiza comprou cerca de 50% mais veículos para renovar sua frota. Ao mesmo tempo, ampliou em 46 por cento a venda de carros.
Simultaneamente, a queda de 6,7% na tarifa média concedida pela companhia no aluguel de veículos surtiu efeito, o que elevou a taxa de utilização da frota e fez a receita do negócio crescer 21,2% ano a ano.
"A estratégia da companhia de controle de custos, produtividade e crescimento acelerado aumentou a rentabilidade, suportando a queda da diária média", afirmou a Localiza em seu relatório de resultados.
A área de gestão de frotas teve faturamento líquido 10,6% maior, a R$ 176,4 milhões, refletindo preços maiores e novos contratos.
A companhia encerrou o semestre com frota de 151.740 veículos, crescimento de 21,6% sobre um ano antes.
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