A Economatica consolidou o lucro líquido das empresas de capital aberto brasileiras no primeiro trimestre de 2017 com relação ao mesmo período de 2016.
A lucratividade das empresas de capital aberto no Brasil caiu 4% no primeiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado, registrando R$ 30, 3 bilhões, contra R$ 31,5 bilhões em 2016, informa a consultoria Economatica. Na pesquisa desse período a empresa decidiu excluir os resultados da Oi, Petrobras, Vale e Eletrobas, já que a variação de lucro delas foi muito grande, podendo distorcer o resultado final. Assim, esse resultado considerou 228 empresas, e não as 232 usualmente pesquisadas.
O setor de telecomunicações, então, sem a Oi, registrou grande perda de lucro em relação ao ano passado. As cinco empresas com ações na bolsa apuraram lucros de R$ 1,064 bilhão, contra R$ 1,253 bilhões de 2016, queda de 188%. A Oi, isoladamente, apurou prejuízos de R$ 1,839 bilhão no primeiro trimestre de 2016 e de R$ 200,1 milhões no primeiro tri deste ano, o que dá uma variação positiva de 1,639 mil por cento.
Conforme o levantamento da consultoria, o segmento financeiro continua a ser o de maior lucratividade. Os bancos apresentaram crescimento em seus lucros de 8,1%, chegando a R$ 15, 4 bilhões, aumento de R$ 1,15 bilhão em relação ao primeiro tri do ano passado.
Para o levantamento foram consideradas todas as empresas que apresentaram seus balanços à CVM até o meio dia do dia 15 de maio de 2017. A Economatica atualiza em sua plataforma os demonstrativos financeiros em até 30 minutos após terem sido publicados na CVM.
Sem Petrobras, Vale SA, Oi e Eletrobras.
O levantamento foi efetuado sem a Petrobras, Eletrobras, Vale e Oi já que a variação do lucro dessas empresas no período analisado é muito elevada e distorce o estudo geral das empresas.
O lucro acumulado de 228 empresas no primeiro trimestre de 2017 é de R$ 30,3 bilhões, valor 4% menor que o mesmo período de 2016 quando as mesmas empresas registraram R$ 31,5 bilhões.
O setor com maior lucro acumulado no primeiro trimestre de 2017 com 18 instituições é o de Bancos. Com R$ 15,4 bilhões o setor de Bancos teve crescimento do lucro de R$ 1,15 bilhões ou 8,1%.
O segundo setor mais lucrativo é o de Alimentos e bebidas com R$ 2,08 bilhões; em 2016 o setor registrou R$ 3,09 bilhões.
Somente dois setores registram prejuízo consolidado no primeiro trimestre de 2017. O setor de Construção com 13 empresas tem R$ 216,7 milhões de prejuízo e o setor de Comércio com R$ 113,6 milhões é o segundo setor a registrar prejuízo.
Dos 24 setores avaliados, 12 setores têm queda de lucratividade no primeiro trimestre de 2017 com relação ao mesmo período de 2016. O setor de Papel e Celulose com quatro empresas é o que tem a maior queda com R$ 1,80 bilhões. No primeiro trimestre de 2016 o setor registrou lucro de R$ 3,17 bilhões contra R$ 1,36 bilhões no ano de 2017.
Com Petrobras, Vale SA, Oi e Eletrobras.
O lucro de 232 empresas no primeiro trimestre de 2017 é de R$ 43,8 bilhões contra R$ 30,9 bilhões no mesmo período de 2016, crescimento de 12,9 bilhões ou 41,8%.
As empresas mais lucrativas no primeiro trimestre de 2017
A Vale é a empresa com maior lucro líquido no primeiro trimestre de 2017 com R$ 7,89 bilhões, crescimento de 25% com relação ao mesmo período de 2016 quando a empresa registrou R$ 6,31 bilhões. A segunda empresa mais lucrativa é o ItauUnibanco com R$ 6,05 bilhões.
Entre as 20 empresas mais lucrativas em 2017 o setor que mais se destaca na lista é o de Bancos, com cinco instituições: Itau Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e BTG.
Segundo o levantamento, os 18 bancos com ações listadas na bolsa registraram ganhos consolidados de R$ 15,46 bilhões -- o que equivale a um salto de R$ 1,15 bilhão (8,1%) em comparação com o mesmo período no ano anterior. Apesar do desempenho, as empresas da B3 registraram uma queda de 4% no lucro entre janeiro e março no comparativo anual, com metade dos setores analisados registrando uma piora no resultado, considerando-se esse quesito.
O lucro acumulado de 228 empresas com ações listadas na bolsa foi de R$ 30,3 bilhões no acumulado dos três primeiros meses deste ano foi de R$ 30,3 bilhões, o que corresponde a um recuo de R$ 1,26 bilhão. Somente dois setores registraram prejuízo consolidado no período: construção, com R$ 216,7 milhões, e comércio, com R$ 113,6 milhões. No período, metade dos 24 setores avaliados apresentaram queda de lucratividade na comparação anual, sendo Papel e Celulose o segmento mais afetado, com variação negativa de R$ 1,80 bilhões.
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