A Azul teve no primeiro trimestre um lucro de R$ 55,3 milhões no período, revertendo prejuízo de R$ 67 milhões nos três primeiros meses do ano passado. A receita da companhia somou R$ 1,87 bilhão de janeiro a março, alta de 12,3% na comparação anual.
A Azul teve no primeiro trimestre deste ano uma geração líquida positiva de caixa nas atividades operacionais de R$ 21,9 milhões. O fluxo operacional atingiu R$ 144 milhões, mas a companhia gastou R$ 122,2 milhões para pagamentos de juros.
Já o fluxo de atividades de investimento da Azul no primeiro trimestre foi positivo em R$ 126 milhões, mas nas atividades de financiamento a companhia teve uma queima de R$ 262 milhões.
Assim, entre janeiro e abril, a Azul reportou uma redução líquida de caixa e equivalente caixa de R$ 114,2 milhões, encerrando o trimestre com uma posição de caixa e equivalente caixa de R$ 435 milhões.
Se incluídos os valores de aplicação financeira circulante e não circulante e aplicações financeiras vinculadas circulantes e não circulantes, o caixa da companhia encerrou março com R$ 1,517 bilhão, 15,5% menor que em 31 de dezembro, nos mesmos critérios.
“Encerramos o trimestre com uma sólida posição de caixa de R$ 1,5 bilhão, representando 22% da receita dos últimos 12 meses, e no primeiro trimestre também pagamos R$ 401,2 milhões de dívida de capital de giro”, informou a Azul, destacando que o montante acumulado não inclui a abertura de capital da companhia, concluída no início de abril.
Em 19 de abril, a Azul concluiu sua oferta pública inicial (IPO), oferecendo 96,2 milhões de ações preferenciais, das quais 63 milhões foram papéis em uma oferta primária, o que resultou em R$ 1,29 bilhão em recursos para a companhia.
A Azul disse no release de resultados que pretende continuar fortalecendo o balanço por meio da melhoria de resultados e pagamento de dívidas de capital de giro com os recursos provenientes do IPO.
A companhia aérea Azul fechou o primeiro trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 55,3 milhões. No mesmo período de 2016, a empresa teve um prejuízo líquido de R$ 66,9 milhões, de acordo com o balanço trimestral divulgado pela companhia nesta segunda-feira, 15.
Nos três primeiros meses de 2017, a Azul apurou uma receita líquida de R$ 1,9 bilhão, uma expansão de 12% no comparativo com o mesmo período do ano passado. De acordo com a empresa, o crescimento ocorreu graças ao aumento da demanda.
Já os gastos com custos e despesas operacionais totalizaram R$ 1,669 bilhão no primeiro trimestre de 2017, um aumento de 0,4% em relação a 2016.
O resultado financeiro encerrou negativo em 156,5 milhões, ante R$ R$ 75 milhões de saldo negativo no primeiro trimestre de 2016. A dívida líquida teve retração de 36,8% no comparativo anual, ficando em R$ 2,199 bilhões.
A empresa divulgou também projeções preliminares para este ano, tendo uma expectativa de aumento de 1% a 2% nas decolagens, além de uma expansão de 11% a 13% na oferta dos assentos nas aeronaves.
Dados operacionais
A taxa de ocupação média da Azul no primeiro trimestre atingiu 81%, avanço de três pontos percentuais sobre igual período de 2016. A empresa transportou 5,64 milhões de passageiros no primeiro trimestre deste ano, 7,1% mais que em igual período de 2016.
Em passageiros-quilômetros transportados (RPK, na sigla em Inglês), o tráfego da Azul aumentou 7%. Já a capacidade medida em assentos-quilômetros disponíveis (ASK) subiu 2,7% no mesmo período.
A tarifa média da Azul entre janeiro e março deste ano ficou em R$ 284, aumento de 1,1% sobre igual período de 2016. Já o valor médio pago pelo passageiro para voar um quilômetro, chamado de Yield, subiu 1,2%, para 30,80 centavos de real. Outro indicador de receita, a receita operacional por ASK (Rask), cresceu 9,4%, para 29,35 centavos de real, enquanto a receita de passageiros por ASK (Prask) aumentou 5,5%, para 25,07 centavos de real.
No release de resultados, a Azul apontou a malha aérea da companhia como um dos fatores que sustentaram o aumento desses indicadores , na qual ela tem exclusividade em 72% das rotas que opera.
Guidance
A Azul, terceira maior companhia aérea do país, projeta para 2017 uma margem ante lucro antes de juros e impostos (Margem Ebit) entre 9% a 11%. Em 2016, esse indicador ficou em 5,16%. No primeiro trimestre de 2017, a margem Ebit foi de 11%.
Para a capacidade medida em assentos-quilômetros disponíveis (ASK, na sigla em Inglês), a Azul projeta um aumento de 11% a 13% para 2017, após ter registrado em 2016 uma variação negativa para esse indicador de 2,4%.
Já em termos de decolagens, a companhia prevê aumentar a operação de 1% a 2%. Essa diferença entre variações para a capacidade em ASK e em decolagens sinaliza que a companhia vai ampliar voos de longa distância, que têm mais assentos-quilômetros disponíveis para cada decolagem.
No lado de despesas, a Azul projeta ter um custo para ASK (Cask) excluindo combustíveis, de 3,5% a 5,5% em 2017, inferior a 2016.
Plano de frota
O plano de frota da Azul apresentado pela companhia no balanço de resultados do primeiro trimestre prevê o incremento do número de aeronaves da empresa em 2018.
A Azul encerrou março último com uma frota operacional de 122 aeronave, menor que um ano antes.
Já a frota contratual da companhia, que inclui 15 aeronaves subarrendadas à TAP, totalizou 142 aviões, dos quais 37 estão em leasing financeiro e 105 em leasing operacional. As 20 aeronaves que não estão na frota operacional consistem em 15 unidades subarrendadas, 4 E-Jets da Embraer que estão em processos de transferência para a TAP, e mais um ATR (turboélice).
A Azul planeja encerrar este ano com 122 aviões, sendo 69 E-Jets, 35 ATRs, sete A330 (aviões Airbus de dois corredores) e 11 modelos A320 Neo (aviões da nova família da Airbus de um corredor).
Ano que vem, o plano da Azul é agregar seis novos A320, elevando a frota a 128 unidades.
Para 2019, a Azul prevê a incluir, sobre os números de 2018, mais três ATRs, oito A320 Neo e dois E-Jets da nova família da Embraer, o E2, encerrando o ano com 141 aviões.
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