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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Sabesp (SBSP3) termina trimestre com lucro de R$ 361,7 milhões

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) apresentou lucro líquido de R$ 361,7 milhões no segundo trimestre de 2013, crescimento de 23,5% em relação ao obtido no mesmo intervalo de 2012, de acordo com o balanço publicado nesta terça-feira, 13.

A receita de venda de bens e serviços cresceu 13% entre abril e junho, para R$ 2,8 bilhões.

A companhia apresentou Ebitda ajustado de R$ 911,4 milhões no segundo trimestre, um aumento de 14,2% em relação a igual período de 2012. A margem teve pequena oscilação, ao passar de 32,3% para 32,6%. Desconsiderando os efeitos da receita e do custo de construção, a margem Ebitda ajustada resulta em 42% no segundo trimestre.

A receita operacional bruta relacionada à prestação de serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto apresentou um acréscimo de 12,6%, para R$ 2,3 bilhões no período. O resultado foi puxado principalmente pelo reajuste tarifário de 5,15%, que foi aplicado a partir de setembro do ano passado, do reajuste provisório de 2,35% a partir de abril e do aumento do volume faturado total em 3,5%, sendo 3,3% em água e 3,8% em esgoto.

No segundo trimestre, os custos das vendas e dos serviços prestados, de construção, despesas administrativas e comerciais tiveram crescimento de 12,4%, para R$ 2,1 bilhões. Sem considerar os efeitos de construção, os custos e despesas apresentaram um acréscimo de 11,8%.

Os custos das vendas, serviços prestados, de construção, despesas administrativas subiram 12,4 por cento, puxados por um salto de 50,6 por cento das despesas gerais, em meio a provisões para processos judiciais, que somaram 49 milhões de reais e incluem contingências ambientais.

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ganhou, na Justiça, o direito de executar o restante da dívida de R$ 1 bilhão que tem a receber da Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema).

No fim do ano passado, a estatal já havia vencido disputa judicial para cobrar R$ 432 milhões da Prefeitura de Diadema pela diferença do pagamento do metro cúbico de água. Em vez de depositar R$ 1,43 pelo metro cúbico estipulado pelo Estado, a administração diademense transferia R$ 0,90.

Agora, a Sabesp pode exigir o pagamento de cerca de R$ 550 milhões, referentes ao rompimento unilateral do contrato de serviço de água e esgoto na cidade. Em 1994, o então prefeito José de Filippi Júnior (PT) decidiu encerrar a fórceps o acordo com o governo do Estado, alegando má prestação de serviços.

Para reaver a quantia, a Sabesp tem direito judicial de sequestrar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da Prefeitura. O mesmo expediente pode ser usado para quitação da primeira parte do débito bilionário, o que comprometeria seriamente as finanças municipais.

Na segunda-feira, o prefeito Lauro Michels (PV) foi convocado pela diretora-presidente da Sabesp, Dilma Pena, que o comunicou sobre a nova vitória judicial da estatal. Ela pediu agilidade na negociação em curso para encerrar o passivo bilionário.


A Sabesp propõe gerir todo sistema de água e esgoto da cidade – encerrando assim as atividades da Saned – para zerar a dívida de R$ 1 bilhão. Além disso, se compromete a incluir Diadema no plano de investimentos da empresa nas três cidades em que ela tem a concessão total do serviço: São Bernardo, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Segundo Lauro, as tratativas com a Sabesp estão 80% concluídas, “faltando apenas detalhes técnicos” para o acerto. Ele garantiu que Dilma Pena se comprometeu a absorver os 330 funcionários da Saned, mas admitiu que a continuidade desses trabalhadores dependerá da competência deles como subordinados do Estado. “Na Saned temos bons operários, não terão dificuldades.”

O verde afiançou que até outubro vai solucionar o impasse, que se arrasta desde o fim do governo Filippi e passou por toda administração de Mário Reali (PT). “Se deixar essa dívida virar meu primeiro ano do governo serei conivente com a dívida, algo que não vou ser. Em outubro estamos com isso resolvido”, afirmou o prefeito, que revelou que um dos pedidos feitos à Sabesp foi a manutenção da tarifa praticada na cidade, de R$ 0,90 o metro cúbico de água. “Um reajuste só acontecerá em 2016 (depois da eleição municipal).”

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