A empresa de concessões públicas de transportes encerrou o segundo trimestre com lucro líquido 35,7% superior a registrado no mesmo período do ano passado, e em linha com as estimativas, em meio ao avanço da receita líquida e redução das despesas financeiras.
A companhia anunciou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de 304,4 milhões de reais no segundo trimestre, ante lucro de 224,3 milhões de reais no mesmo período de 2012.
O tráfego consolidado cresceu 6,2 por cento no segundo trimestre e 4,1 por cento no semestre, disse a CCR. Já o número de usuários da arrecadação eletrônica STP cresceu 14,5 por cento, para 3.982 usuários ativos.
Em 5 de agosto de 2013, a CCR divulgou Fato Relevante relatando que naquela data, celebrou Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças, na condição de vendedora, juntamente com Ivan Toledo de Corrêa Filho, EcoRodovias Infraestrutura e Logística S.A., GSMP S.A., tendo a Sampras Participações Ltda., afiliada da Raízen Combustíveis S.A., como compradora, a Raízen, como garantidora e a Serviços e Tecnologia de Pagamentos S.A. (STP), como interveniente-anuente. Referido contrato tem como objeto a venda, pelas acionistas vendedoras, de 10% das ações representativas do capital social da STP para a compradora, pelo valor total de R$ 250,0 milhões, sendo que a CCR venderá ações representativas do capital social da STP, de sua titularidade, correspondentes a 4,01280% do capital social da STP, pelo valor de R$ 100,3 milhões. O contrato prevê que a consumação da aquisição e respectiva conclusão financeira, com o pagamento do preço,
estão sujeitos ao cumprimento de determinadas condições suspensivas, dentre elas, a obtenção da prévia autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE.
A Receita Líquida consolidada cresceu 15,7% no 2T13 e 13,2% no 1S13, em comparação aos mesmos períodos do ano anterior, atingindo R$ 1.246,8 milhões e R$ 2.453,0 milhões, respectivamente.
Os principais motivos das variações do 2T13 em relação ao 2T12 são discutidos a seguir:
Depreciação e Amortização: Do aumento de 29,2%, a Barcas e o Aeroporto Internacional de Curaçao,contribuíram com R$ 6,6 milhões. Na mesma base de comparação, a variação foi de 23,2% e refere-se principalmente à conclusão da construção de marginais e duplicações na NovaDutra, AutoBAn e SPVias.
Serviços de Terceiros: Do aumento de 6,9%, a Barcas e o Aeroporto Internacional de Curaçao contribuíram com R$ 10,3 milhões. A título de informação adicional, os “Custos Diretos – novo componente IFRS” – gastos não periódicos ou emergenciais para recomposição da infraestrutura concedida, constituíram R$ 20,3 milhões no 2T13 contra R$ 16,0 milhões no 2T12, sendo que esse aumento foi verificado principalmente na concessionária AutoBAn. Na mesma base de comparação, a variação foi de -0,5%. Esta redução deveu-se principalmente aos custos de consultoria jurídica relativos às aquisições dos Aeroportos e maiores serviços de manutenção na NovaDutra, que ocorreram no 2T12.
Custo da Outorga e Despesas Antecipadas: A variação de +6,0% deste item deveu-se à parcela variável da outorga (nas concessionárias AutoBan, ViaOeste, RodoAnel e SPVias), que é resultado do crescimento da receita bruta total, e ao reajuste das parcelas do ônus fixo em julho/12, nas concessionárias AutoBAn e ViaOeste.
Custo com Pessoal: A variação de +28,5% contempla uma contribuição de R$ 23,3 milhões da Barcas e do Aeroporto Internacional de Curaçao. Na mesma base de comparação, o crescimento de 8,9% registrado no 2T13 decorreu, principalmente, do dissídio de 5,0% ocorrido em abril de 2013, além do aumento com remuneração variável.
Custo de Construção (IFRS): A variação de +105,0% deste item deveu-se, principalmente, a: (i) obras de construção de marginais e terceira faixa em diversos trechos da AutoBAn; (ii) construção de marginais na região de São José dos Campos, na implantação de faixa adicional em Taubaté, além de diversas obras de Custos Totais; alargamento de pontes e viadutos na NovaDutra; (iii) obras de duplicação na SPVias no trecho da Raposo Tavares; e (iv) obras de duplicação da BR277 na região de Campo Largo, na RodoNorte. A Barcas e o Aeroporto Internacional de Curaçao contribuíram com R$ 8,0 milhões. Na mesma base, a variação foi de 95,1%.
Provisão de Manutenção (IFRS): Os valores foram provisionados conforme periodicidade das obras de manutenção, estimativa dos custos e a correspondente apuração do valor presente, apresentando incremento de 33,8% no 2T13 em relação do 2T12. A principal variação refere-se aos custos adicionais da AutoBAn.
Outros: O aumento de “Outros Custos” (materiais, seguros, aluguéis, marketing, viagens, meios eletrônicos de pagamentos, combustível e outros gastos gerais) de 19,3% contempla uma contribuição de R$ 18,5 milhões da Barcas e do Aeroporto Internacional de Curaçao Considerando a mesma base de comparação (efeito-caixa), essa rubrica apresentou aumento de 0,6%.
No 2T13, os investimentos realizados somados à manutenção atingiram R$ 238,0 milhões. As concessionárias que mais investiram no 2T13 foram AutoBAn, NovaDutra, SPVias, Barcas, ViaOeste e RodoNorte.
A AutoBAn investiu, principalmente, na construção de faixas adicionais e marginais nos municípios de Jundiaí, Sumaré, Nova Odessa, Campinas, Osasco, Valinhos e Americana.
Os investimentos da NovaDutra concentraram-se na construção de marginais na região de São José dos Campos, na implantação de faixa adicional em Taubaté, além de diversas obras de recuperação e alargamento de pontes e viadutos. A SPVias investiu principalmente na duplicação de pista do km 115 ao 158. A Barcas realizou obras de revitalização nas estações da Praça XV e Araribóia além de reformas nas embarcações.
Na ViaOeste, destacaram-se investimentos no retorno do km 64 da SP-280. A RodoNorte investiu, essencialmente, na duplicação da BR- 277 do km 114 ao km 121.
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