O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentou seu lucro líquido em 20,4% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando aos R$ 3,261 bilhões, informou nesta quarta-feira a entidade financeira.
Ao divulgar nesta quarta-feira (14) os resultados de desempenho do banco, o presidente Luciano Coutinho, disse que a maior contribuição para o crescimento veio dos financiamentos a projetos de investimentos.
“Mesmo com taxas mais baixas e spreads mais baixos, tivemos um bom resultado”, disse Coutinho ao citar três fatores que contribuíram para o bom resultado: o aumento das operações de crédito, a melhoria do resultado BNDESPar (setor do banco de participação de empresas) e o bom resultado da gestão financeira.
Segundo Luciano Coutinho, foram três fatores que impulsionaram o lucro. "Houve aumento das operações de crédito. Em 2º lugar, houve uma melhoria do resultado da BNDESPar", afirmou Coutinho, ontem, ao comentar o balanço e se referir à empresa de participações do banco de fomento. O 3º fator foram ganhos com as posições de hedge em títulos de juros futuros. "Quando o juro futuro subiu, no nosso caso, ganhamos".
A taxa de inadimplência caiu de 0,06% em dezembro para 0,02% em junho, a menor em cinco anos, o que "reflete a robustez de sua carteira de crédito", segundo o banco. Os ativos totais somaram R$ 729 bilhões no final de junho, com um aumento de 1,9% em relação ao fechamento de 2012. EFE mp/rpr .
O crescimento do lucro do BNDES se deu principalmente pelo financiamento de projetos de investimento, segundo um comunicado. Os ativos totais somaram R$ 729 bilhões no final de junho, com um aumento de 1,9% em relação ao fechamento de 2012.
A carteira do braço de participações do BNDES, BNDESPar, teve desvalorização de pouco mais de 1 bilhão de reais no primeiro semestre, referente ao menor valor de mercado das companhias de capital aberto nas quais a empresa tem participação acionária.
Segundo o chefe da área contábil do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Frederico Rangel, a queda, ante dezembro de 2012, é classificada como perda não realizável, porque o banco não se desfez das participações.
No ano passado, a perda contábil não realizável foi de cerca de 3 bilhões de reais, mais concentrada no segundo semestre, quando a bolsa brasileiro teve um desempenho mais fraco, impactando o valor das participações do BNDESPar nas empresas.
Questionado sobre os efeitos específicos das empresas do grupo EBX, do empresário Eike Batista, sobre a carteira, o executivo disse que a participação do banco nas companhias é pequena.
Em 2012, o banco lucrou 8,2 bilhões, sendo 2,7 bilhões no primeiro semestre e 5,5 bilhões na segunda metade do ano.
Coutinho também fez um panorama da economia mundial no período e ressaltou sinais de melhora nos países desenvolvidos. “A recuperação da economia americana é uma boa notícia. É um fato positivo para a economia mundial e para o Brasil”, comentou.
Sobre a macroeconomia brasileira, Coutinho disse que o BNDES trabalha com cenário de inflação em trajetória de acomodação, continuidade do crescimento de investimentos e taxa de câmbio que incentive as exportações e a competitividade.
Coutinho destacou que a carteira dos bancos públicos (50,3%) superou a dos bancos privados (49,7%), o que não ocorria desde agosto de 2000. O aumento da inadimplência, que ficou em 7,3% em maio de 2013, teria sido um fator importante para esse panorama. Ele acredita, contudo, que os bancos privados estão observando a queda gradual do número de inadimplentes e vão voltar a oferecer de créditos, ao longo do segundo semestre.
O banco alcançou desempenho recorde no primeiro semestre com desembolsos de R$ 88,339 bilhões, uma alta nominal de 65% sobre um ano atrás. Todos os setores apoiados pelo BNDES tiveram aumento nos valores desembolsados, conforme balanço divulgado pela instituição nesta quarta-feira. Também cresceram as aprovações para financiamento a novos projetos (R$ 91,190 bilhões, crescimento de 26%) e as consultas das empresas por novos financiamentos (R$ 124,992 bilhões, expansão de 6%). Os desembolsos para a indústria cresceram 93% ante o primeiro semestre de 2012, chegando a R$ 29,481 bilhões. Para infraestrutura, foram destinados R$ 27,315 bilhões, crescimento de 36%.
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