A Light registrou um aumento de 2,5% no consumo total de energia no segundo trimestre frente a igual período do ano passado, totalizando 5.897 GWh.
Segundo a concessionária, o bom desempenho foi puxado pelo aumento no consumo de energia dos segmentos comercial (5,1%) e industrial (4,1%).
No semestre, o lucro líquido foi de R$ 136,9 milhões, 23,90% abaixo do mesmo período em 2012.
O lucro líquido da empresa de energia Light subiu 46,2 por cento no segundo trimestre na comparação anual, impulsionado pela melhora do resultado financeiro e do desempenho operacional dos segmento de distribuição e geração de energia, mas ficou abaixo das estimativas do mercado.
O lucro líquido subiu para 58 milhões de reais no período de abril a junho, ante lucro de 39,8 milhões de reais no segundo trimestre do ano passado, informou a companhia nesta terça-feira.
Segundo a empresa, o crescimento do resultado foi motivado pela redução nas despesas financeiras e pelo desempenho operacional dos negócios de distribuição e geração de energia.
Na mesma comparação, a receita líquida cresceu 3,2%, para R$ 1,85 bilhão. Já a receita líquida desconsiderando a receita de construção totalizou R$ 1,67 bilhão, com alta de 2,6%.
A companhia também registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 278 milhões no segundo trimestre. O resultado foi 8,9% superior ao apurado em igual período de 2012.
No segmento residencial, o consumo totalizou 1.972 GWh no trimestre, respondendo por 33,4% do mercado total. O consumo residencial ficou estável, 0,1% maior quando comparado ao 2T12, mesmo com a queda na temperatura de 1,2°C no mês de abril deste ano em comparação ao do ano passado.
O segmento comercial, que representou 33,3% de participação no mercado total, consumiu 1.962 GWh neste trimestre, apresentando crescimento de 5,1% em comparação com o mesmo período de 2012, impactado pelo bom desempenho da atividade econômica na área de concessão. No 2T13, o mercado livre foi adicionado com 2 instalações que consumiram como clientes cativos no 2T12. Tais migrações corresponderam a um acréscimo equivalente a 3,3 GWh no mercado livre no trimestre.
O consumo total de energia na área de concessão da Light foi de 5.897 gigawatts-hora (GWh) no segundo trimestre de 2013. O volume, que inclui os clientes cativos e o transporte de energia para clientes livres, é 2,5% superior em relação a igual período do ano passado.
No negócio de distribuição de energia, o consumo de energia na área de concessão da empresa, que atua no Estado do Rio de Janeiro, teve um aumento de 2,5 por cento ante mesmo período de 2012, para 5.897 gigawatts-hora(GWh). Esse crescimento foi influenciado principalmente pelo aumento no consumo de energia de 5,1 por cento pelo comércio e de 4,1 por cento pela indústria.
A Light reduziu as perdas de energia não-técnicas, relacionadas às ligações irregulares de energia, em 1,2 ponto percentual desde dezembro de 2012, para 44,2 por cento da energia faturada no mercado de baixa tensão nos 12 meses até junho.
Em 01/08/2013, a Moody’s divulgou os relatórios com os ratings da Light SESA, Light Energia e Light S.A., que se mantiveram estáveis em Aa2.br para escala nacional e Ba1 para escala internacional, mantendo-as em grau de investimento, ambas com perspectiva estável.
Em 08/08/2013, a Companhia aprovou, por meio da Light Energia, a celebração de acordo de investimento com Cemig Geração e Transmissão S.A. (CEMIG GT), Renova Energia S.A., RR Participações S.A. e Chipley SP Participações S.A. visando disciplinar a entrada da Cemig GT no bloco de controle da Renova Energia, bem como a estruturação da Chipley como veículo de crescimento, com participação de Cemig GT e da Renova, para o qual será cedido o Contrato de Compra e Venda de Ações da Brasil PCH S.A. (CCVA Brasil PCH), celebrado entre CEMIG GT e a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, em 14/06/2013.
No trimestre, a taxa de arrecadação atingiu 104,2% do total faturado, representando um aumento de 0,3 p.p. em relação ao 2T12 e 2,2 p.p em relação ao 2T11. Todos os segmentos apresentaram taxas de arrecadação superiores a 100%, indicando o pagamento de contas atrasadas e atuais.
Tal desempenho é reflexo principalmente da continuidade do programa de combate à inadimplência realizada ao longo do trimestre.
No semestre, a taxa de arrecadação foi de 102,5%, também com desempenho superior a 100% em todos os segmentos. O programa de combate a inadimplência com o progressivo processo de instalação de medidores eletrônicos, cobranças mais eficazes, aumento no volume de corte de energia e da mudança de critério no tratamento de clientes com inadimplência de longa data resultaram na boa performance da taxa de arrecadação no semestre.
A constituição de Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) no 2T13 representou 2,5% da receita bruta de faturamento de energia, totalizando R$ 48,4 milhões, R$ 23,8 milhões inferior ao valor de R$ 72,2 milhões provisionado no 2T12, ou 3,4% do faturamento de energia daquele trimestre. No acumulado de 12 meses, sem considerar o provisionamento não recorrente ocorrido no 4T12, a PCLD representou 1,3% da receita bruta de faturamento em junho de 2013, 1,6 p.p. menor que o mesmo período do ano passado. O resultado é reflexo das ações constantes de combate à inadimplência, além da mudança de critério no tratamento de clientes com inadimplência de longa data a partir de fevereiro de 2012.
A Receita Líquida do trimestre foi de R$ 132,0 milhões, um aumento de 17,5% em relação ao mesmo período de 2012. Esse resultado pode ser explicado pelo crescimento de 370,8% no volume de venda de energia no Ambiente de Contratação Livre (ACL), cujos preços dos contratos são superiores aos praticados no mercado regulado, onde tal energia era vendida anteriormente. O preço médio de venda, líquido de impostos, ponderado pelos dois mercados foi de R$ 103,2/MWh no 2T13, em comparação a um preço de R$ 76,5/MWh no mesmo período do ano passado, representando um aumento de 34,9%. No 1S13, a receita líquida foi de R$ 277,3 milhões, 33,0% acima do 1S12, devido principalmente ao maior preço e volume dos contratos de energia negociados no ACL, além do maior preço médio verificado no mercado spot.
No primeiro semestre de 2013, o total investido pela Light somou R$ 326,7 milhões, ficando em linha com o investido no mesmo período de 2012.O segmento de distribuição concentrou o maior volume, R$ 272,8 milhões, representando 83,5% do investimento total e uma retração de 9,8% frente ao valor investido no 2S12. Dentre os investimentos realizados, se destacam: (i) os direcionados ao desenvolvimento de redes de distribuição e expansão, com o intuito de atender ao crescimento de mercado, aumentar a robustez da rede e melhorar a qualidade, no valor de R$ 175,0 milhões e (ii) o projeto de perdas de energia (blindagem de rede, sistema de medição eletrônica e regularização de fraudes) no qual foi investido o montante de R$ 92,6 milhões. Os investimentos na rede subterrânea estão incluídos nos investimentos da rede de distribuição e da melhoria da qualidade. Os investimentos em comercialização e eficiência energética passaram de R$ 2,7 milhões no 2T12 para R$ 33,1 milhões no 2T13. Esse aumento é explicado pelo projeto de cogeração que está sendo realizado junto a uma grande indústria de bebidas.
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