Ações da HRT desabam após resultados na Namíbia e Solimões
A HRT deu duas más notícias ontem à noite sobre os dois poços perfurados
pela companhia no Brasil e na África e cujos resultados eram aguardados
com preocupação e curiosidade, dependendo do interlocutor. Na bacia do
Solimões, onde procurava reservas de petróleo e não gás, a HRT informou
que o poço 1-HRT-11 foi abandonado como "seco", o que na linguagem do
setor significa que nada foi encontrado.
A companhia é sócia da Rosneft (antiga TNK-BP) na área. Sobre o poço Wingat, na Namíbia, a HRT informou que após 86 dias de perfuração teve uma descoberta de óleo "em volume não comercial", depois de perfurar 5 mil metros.
A primeira perfuração da HRT na Namíbia não trouxe o resultado esperado: a confirmação de que o poço Wingat-1 não possui volume comercial. Na Bacia dos Solimões, a empresa também decepcionou ao encontrar um poço seco.
No Fato Relevante sobre o resultado na Namíbia, a HRT informou ter encontrado, durante a perfuração, "diversos reservatórios arenosos de pequena espessura saturados de óleo", dos quais foram coletadas amostras que indicam "a presença de óleo com densidade variando entre 38º e 42º API", que é um óleo levíssimo, de excelente qualidade. E, ainda, que não foi encontrada zona com água. Para a HRT, as amostras confirmam "o potencial de geração [de óleo]" na bacia de Walvis e que pode haver petróleo em outra área do bloco.
Segundo técnicos acostumados com os termos do setor, o resultado é inconclusivo, apesar de uma fonte ter considerado "auspicioso" encontrar óleo, mesmo não comercial, em uma região que só tem descobertas de gás. Para alguns com visão mais pessimista, o resultado significa uma perigosa continuação da "queima" do caixa da HRT sem resultados concretos.
A HRT Participações (BOV:HRTP3) anunciou que sua subsidiária HRT
O&G Exploração e Produção de Petróleo concluiu a perfuração do poço
1-HRT-11-AM, no prospecto Cajazeira, localizado no Bloco SOL-T-172, na
Bacia do Solimões, Município de Coari, Estado do Amazonas.
A perfuração do poço, que iniciou em 17 de março de 2013, “teve como
objetivo principal os arenitos da Formação Juruá, membro inferior de
idade Carbonífera, e como objetivos secundários, os arenitos do
Devoniano”, segundo a HRT.
No dia 6 de maio, o poço alcançou sua profundidade final, chegando ao embasamento metamórfico a 2,402 metros de profundidade.
Durante a perfuração nas seções do Juruá e Devoniana, foram
observados indícios de óleo em amostras de calha e testemunhos, porém,
os testes aos quais foram submetidos recuperaram apenas água de
formação, confirmando que os indícios de óleo eram devido à presença de
óleo residual no reservatório, afirmou a empresa.
De acordo com o comunicado, “em função desses resultados, o poço está
sendo abandonado como seco, com indícios de hidrocarbonetos”.
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