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terça-feira, 21 de maio de 2013

HRT (HRTP3) frustra com resultado de dois poços

 Ações da HRT desabam após resultados na Namíbia e Solimões
 A HRT deu duas más notícias ontem à noite sobre os dois poços perfurados pela companhia no Brasil e na África e cujos resultados eram aguardados com preocupação e curiosidade, dependendo do interlocutor. Na bacia do Solimões, onde procurava reservas de petróleo e não gás, a HRT informou que o poço 1-HRT-11 foi abandonado como "seco", o que na linguagem do setor significa que nada foi encontrado. 

A companhia é sócia da Rosneft (antiga TNK-BP) na área. Sobre o poço Wingat, na Namíbia, a HRT informou que após 86 dias de perfuração teve uma descoberta de óleo "em volume não comercial", depois de perfurar 5 mil metros. 

A primeira perfuração da HRT na Namíbia não trouxe o resultado esperado: a confirmação de que o poço Wingat-1 não possui volume comercial. Na Bacia dos Solimões, a empresa também decepcionou ao encontrar um poço seco.

 No Fato Relevante sobre o resultado na Namíbia, a HRT informou ter encontrado, durante a perfuração, "diversos reservatórios arenosos de pequena espessura saturados de óleo", dos quais foram coletadas amostras que indicam "a presença de óleo com densidade variando entre 38º e 42º API", que é um óleo levíssimo, de excelente qualidade. E, ainda, que não foi encontrada zona com água. Para a HRT, as amostras confirmam "o potencial de geração [de óleo]" na bacia de Walvis e que pode haver petróleo em outra área do bloco.

Segundo técnicos acostumados com os termos do setor, o resultado é inconclusivo, apesar de uma fonte ter considerado "auspicioso" encontrar óleo, mesmo não comercial, em uma região que só tem descobertas de gás. Para alguns com visão mais pessimista, o resultado significa uma perigosa continuação da "queima" do caixa da HRT sem resultados concretos. 

A HRT Participações (BOV:HRTP3) anunciou que sua subsidiária HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo concluiu a perfuração do poço 1-HRT-11-AM, no prospecto Cajazeira, localizado no Bloco SOL-T-172, na Bacia do Solimões, Município de Coari, Estado do Amazonas.

A perfuração do poço, que iniciou em 17 de março de 2013, “teve como objetivo principal os arenitos da Formação Juruá, membro inferior de idade Carbonífera, e como objetivos secundários, os arenitos do Devoniano”, segundo a HRT.

No dia 6 de maio, o poço alcançou sua profundidade final, chegando ao embasamento metamórfico a 2,402 metros de profundidade.


Durante a perfuração nas seções do Juruá e Devoniana, foram observados indícios de óleo em amostras de calha e testemunhos, porém, os testes aos quais foram submetidos recuperaram apenas água de formação, confirmando que os indícios de óleo eram devido à presença de óleo residual no reservatório, afirmou a empresa.

De acordo com o comunicado, “em função desses resultados, o poço está sendo abandonado como seco, com indícios de hidrocarbonetos”.

O Itaú BBA concorda que agora as atenções se voltam para as próximas perfurações na costa do país africano, mas destacou que os insucessos afetam eventuais negociações de fatias nos blocos pela HRT. 

 

O Credit Suisse lembrou que o comunicado da HRT observou que, apesar do poço não comercial na Namíbia, foram encontradas "duas rochas geradoras bem desenvolvidas, ricas em carbono orgânico e ambas na janela geradora de óleo". Mas essa perspectiva não acalma o mercado, acrescentou.

 Com isso, os analistas apontam que somente após as nove perfurações que serão feitas entre até 2014 é que será possível ter uma opinião mais concreta do que podem representar as bacias de Walvis e Orange - nas quais a HRT possui licença de exploração.

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