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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Governo quer telefonia móvel em distritos distantes de municípios

Por Internet rural, governo acena com ajuda financeira às teles


  O governo acenou com incentivos e facilidades financeiras às operadoras de telecomunicações em troca da antecipação e mesmo ampliação de metas de cobertura de voz e dados na área rural. Na mira estão especialmente cerca de 10 mil distritos do país onde até hoje não existe qualquer tipo de serviço de telecom. 

Desoneração favorece celulares 3G e 4G,Smartphones responderão por metade dos aparelhos celulares do Brasil até 2014, afirmou ministro das Comunicações.

 Até 2014, mais de 50% dos celulares no país serão smartphones!

Cada vez mais os smartphones estão tomando conta de mercados estrangeiros e parece que o Brasil é o próximo da lista: de acordo com Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, o governo federal está prevendo que, em 2014, mais da metade dos telefones móveis usados no país serão smartphones. 

O governo já começou a conversar com empresas de telecomunicações para encontrar formas de atender a cerca de 10 mil distritos de municípios que não têm cobertura de telefonia móvel no país. 

 Atualmente, as empresas não têm obrigação de atender aos distritos que ficam a mais de 30 quilômetros das sedes. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o governo pode oferecer linhas de crédito ou desonerações para que as empresas possam realizar a cobertura nas áreas que ficam afastadas das sedes dos municípios. A reportagem é da Agência Brasil.

 Obrigações regulatórias levaram à cobertura do serviço móvel a todos os municípios brasileiros, mas isso não significa que toda a população que mora em áreas urbanas tem acesso ao serviço. O problema é que as regras atuais exigem a cobertura de uma área de 80% da sede do município. Os distritos, que somam aproximadamente dez mil em todo o País, ficaram de fora das obrigações e essa lacuna agora bate à porta do Ministério das Comunicações.

  O interesse do governo em antecipar a cobertura da área rural tem razão de ser. Aos olhos da Anatel, esses dez mil distritos, onde moram mais ou menos 20 milhões de pessoas, estão na área rural.

Obviamente essas localidades não são áreas rurais, muitas delas, inclusive, são até maiores do que as sedes. Ele nega, contudo, que a agência tenha "cochilado" nessa questão. "Não é cochilo. Quando fizeram, estimaram o custo. Se quiser, dá para fazer até na barranca do Amazonas, mas isso tem um custo", afirma.

De qualquer forma, Paulo Bernardo informa que os executivos da Huawei (que foram recebidos logo após os presidente das teles) disseram que a solução LTE 450 MHz estará disponível até o fim do ano. "Eles admitem que o terminal vai ser um pouco mais caro", afirma.

Ele explica que a maior parte desses distritos será coberta pelas obrigações do edital do 450 MHz – já que estão dentro de um raio de 30 km da sede. Mas há casos, especialmente no Norte, em que os distritos estão fora desse raio, daí a necessidade de negociar com as teles como será esse atendimento. Em troca, o governo está disposto a criar linhas de crédito específicas.
Mas o atendimento desses distritos com o 450 MHz talvez não seja a melhor opção do ponto de vista do usuário.

Isso porque o terminal será mais caro, já que é uma faixa que não conta com a escala dos aparelhos GSM, e também porque o usuário não terá cobertura quando se deslocar para a sede do município ou outras cidades. "A empresa poderá usar outra faixa para cumprir as metas, está previsto no edital", lembra ele, sem dizer se o Minicom irá fazer alguma pressão para que a cobertura seja com as faixas usadas para o GSM/3G.


Os presidentes da Vivo e da Claro se limitaram a dizer que a reunião discutiu "opções tecnológicas para evoluir a cobertura da área rural o mais rápido possível", nas palavras de Carlos Zenteno, da Claro. Segundo ele, será montado um grupo de trabalho para discutir o assunto.


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