Novos desligamentos de térmicas não devem ocorrer em junho--EPE
No início de maio, o governo autorizou o desligamento de quatro térmicas, diante da melhora da situação dos reservatórios das hidrelétricas. Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, não descartou a possibilidade de outras térmicas mais caras serem desligadas em junho.
Novos desligamentos de usinas termelétricas não devem ocorrer em junho, afirmou, ontem, o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim. Para ele, é prudente manter as plantas ligadas.
A manutenção da geração termelétrica atual será avaliada na próxima
reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, no início do mês
que vem.
Praticamente toda a capacidade de geração termelétrica
do País foi acionada em outubro passado e ficou ligada durante todo o
período úmido, já que o nível nos reservatórios das hidrelétricas era o
pior da década.
Governo acelera estudos para linha de transmissão de energia de Belo MonteDe acordo com Tolmasquim, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a EPE discutem a possibilidade de se construir uma segunda linha de transmissão para a usina de Belo Monte.
O projeto adicional sairia também de Xingu, mas chegaria ao Rio de Janeiro. Além de escoar a produção de Belo Monte, Tolmasquim afirmou que o segundo tronco de transmissão permitiria transportar a energia do Complexo Hidrelétrico do Rio Tapajós (PA) - a primeira usina do complexo, São Luís do Tapajós, está prevista para ser licitada pelo governo em 2014. "A linha também reforçaria o intercâmbio de energia entre o Norte e o Sudeste do país", afirmou ele.
Em evento, residente de entidade energética criticou falta de consenso com a área ambiental e afirmou que termelétricas devem continuar funcionando
Conforme
o presidente do ONS (Operador Nacional do Sistema), Hermes Chipp, as
chuvas em maio estão abaixo do esperado, mas a situação pode melhorar em
junho. "Maio não está muito bem, está abaixo da média e espero que os
meteorologistas estejam certos, porque dizem que em junho melhora",
disse.
Em pleno período seco, os reservatórios das hidrelétricas continuam abaixo da média de 2011. A tendência, segundo Chipp, é que as usinas térmicas, que aumentam o custo das tarifas elétricas, continuem operando para dar segurança ao sistema.
No domingo, os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estavam 62,2% cheios, os do Sul, 54,3%; e os do Norte, 95,9%. O Nordeste tem a situação mais preocupante, com os reservatórios 49,1% cheios.
Em pleno período seco, os reservatórios das hidrelétricas continuam abaixo da média de 2011. A tendência, segundo Chipp, é que as usinas térmicas, que aumentam o custo das tarifas elétricas, continuem operando para dar segurança ao sistema.
No domingo, os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estavam 62,2% cheios, os do Sul, 54,3%; e os do Norte, 95,9%. O Nordeste tem a situação mais preocupante, com os reservatórios 49,1% cheios.
Debate ambiental é desafio para expansão do setor elétrico, diz EPE
O
presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício
Tolmasquim, afirmou nesta terça-feira que um dos principais desafios
para a expansão do setor elétrico é o diálogo com a área ambiental.
"A questão de como viabilizar a expansão do ponto de vista ambiental exige tratar com áreas fora do setor...Que são cada vez mais complexas", acrescentou.
O diretor da EPE disse ainda que são necessários "mecanismos mais fáceis de diálogo" entre o setor elétrico e o segmento ambiental, e que os entraves para expansão estão cada vez mais visíveis no segmento de transmissão de energia, além da geração.
"A solução não é simples, não existe solução unilateral. Depende de diálogo, depende de convencimento", disse.
Licenças emitidas por órgão ambientais são necessárias para início de obras e operação comercial de novos empreendimentos do setor elétrico. Em alguns casos, ainda é exigida licença prévia ambiental para possibilitar participação de grandes hidrelétricas em leilões.
Empreendedores reclamam que o atraso na liberação de licenças também atrasa a operação de novos projetos, o que ainda aumenta os riscos do investimento.
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