A fabricante de cosméticos Natura obteve lucro líquido consolidado de R$ 61 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 16,6% na comparação com igual período de 2016.
O ganho líquido da empresa no trimestre ficou abaixo da média de previsões de analistas compiladas pelo Valor, que apontava R$ 88,5 milhões. Foram considerados cálculos do BB Investimentos, BTG Pactual, Deutsche Bank, Goldman Sachs, Itaú BBA, Morgan Stanley e Santander.
De julho a setembro deste ano, a receita líquida consolidada da Natura alcançou R$ 2,36 bilhões, montante 24,3% superior aos R$ 1,9 bilhão reportado no mesmo intervalo de 2016. O valor ficou acima da média das projeções de especialistas, de R$ 2,1 bilhões.
Os analistas destacam que a normalização dos impostos teve um papel importante na rentabilidade e crescimento do fluxo de caixa operacional (com alta de 60%), que deve continuar, enquanto a produtividade aumentou 15%.
A empresa comentou ainda que recuperou sua liderança em categorias estratégicas e que as vendas online continuam crescendo 3 dígitos.
A companhia explicou que os dados consolidados incluem o primeiro mês de operação da varejista britânica The Body Shop, cuja aquisição foi concluída em setembro. Em bases comparáveis o crescimento da receita seria de 11,4%.
Na divisão Natura, a receita líquida foi de R$ 1,95 bilhão no trimestre, crescimento de 10,6% na variação anual. A operação da australiana Aesop registrou aumento de 21,9% no intervalo, para R$ 160,1 milhões. A Body Shop, por sua vez, contribuiu com R$ 245,5 milhões.
Com o fortalecimento das vendas no Brasil, a receita líquida cresceu 24,3% no terceiro trimestre, em relação a igual período do ano anterior, e alcançou R$ 2,4 bilhões.
Segundo a empresa, o desempenho no trimestre também se deve àincorporação de um mês de receita da marca britânica de cosméticos The Body Shop, que passou a fazer parte do grupo em setembro. Em bases comparáveis, o crescimento foi de 11,4% entre julho e setembro.
Considerando apenas o desempenho da marca Natura, a receita líquida subiu 10,6% no trimestre, impulsionada pelo desempenho da operação brasileira, com aumento de 10,4% do faturamento, e excelente nível de vendas na América Latina, com avanço da receita de 11,5% (18,9% em moeda local) no período.
A operação da marca Natura registrou Ebitda de R$ 452,2 milhões, aumento de 53%, e a margem Ebitda ficou em 23,1%, alta de 6,4 pontos percentuais no trimestre.
Na Aesop, o Ebitda alcançou R$ 15,4 milhões, queda de 36,3%, e a margem Ebitda foi de 9,6%, recuo de 8,8 pontos percentuais. Na The Body Shop, o Ebitda do período foi de R$ 11,6 milhões e a margem ficou em 4,7%. As despesas com aquisição da rede somaram R$ 29,1 milhões.
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