Maior produtora mundial de celulose de eucalipto, a Fibria registrou lucro líquido atribuído aos sócios da empresa controladora de R$ 742,3 milhões no terceiro trimestre de 2017, quase 26 vezes acima do resultado apurado um ano antes.
O lucro líquido consolidado do período totalizou R$ 743,4 milhões, ante R$ 31,7 milhões no terceiro trimestre de 2016.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,256 bilhão, alta de 66% sobre o resultado obtido um ano antes, devido sobretudo à elevação de 24% do preço médio líquido da celulose em dólar.
"Os fundamentos de mercado mantiveram-se a favor dos produtores de celulose ao longo do terceiro trimestre", disse a empresa em comunicado.
A Fibria prevê que nos próximos meses, a baixa disponibilidade de celulose deve continuar sendo um "fator de desequilíbrio nos fundamentos de mercado mesmo com o satisfatório ramp up da nova linha Horizonte 2".
A previsão atual é que as reduções não programadas atinjam cerca de 800 mil toneladas em todo o segundo semestre, ante previsão anterior de 500 mil toneladas. Já a demanda normalmente é bastante aquecida no último trimestre do ano, e a empresa não vê indícios de que esse ano será diferente.
A Dívida líquida em dólar foi de US$ 3,8 bilhões, 1% e 18% superior ao 2T17 e 3T16, respectivamente. Posição de caixa de R$ 6,8 bilhões ou US$ 2,1 bilhões, incluindo valor justo dos instrumentos de derivativos.
O custo total da dívida medido em dólar, considerando swap integral da dívida em Reais, em 3,5% a.a. (2T17: 3,7% a.a. e no 3T16: 3,3% a.a.).
Prazo médio da dívida em 54 meses (2T17: 55 meses e no 3T16: 49 meses).
Início das operações da nova linha de produção de celulose Horizonte 2, em 23 de agosto, com produção de 124 mil t no 3T17.
Fibria foi selecionada para compor a carteira 2017/2018 do índice de sustentabilidade DJSI Emerging Markets da NYSE.
Conclusão da captação de recursos lastreada em notas de crédito à exportação emitidas pela Companhia, por meio da distribuição pública de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) no valor total de R$ 941 milhões.
No 3T17, a produção de celulose da Fibria ficou em 1.449 mil t, 9% e 11% superior ao 2T17 e 3T16, respectivamente. Nos UDM, a produção atingiu 5.203 mil t.
As vendas de celulose, incluindo a celulose proveniente da Klabin, totalizaram 1.475 mil t, 4% inferior ao 2T17 e 2% superior ao 3T16. As vendas nos UDM ficaram em 5.900 mil t.
A combinação entre demanda forte e oferta reduzida resultou na restrição de celulose disponível no mercado para negociações spot, permitindo que a empresa reajustasse seus preços no período.
A receita líquida totalizou R$ 2,844 bilhões no terceiro trimestre, alta de 24% ante o mesmo período do ano passado, devido à elevação do preço médio e de maior volume vendido.
A produção de celulose no trimestre subiu 11% na comparação anual, com a entrada em operação da nova linha de produção de celulose branqueda de eucaplipto Horizonte 2.
"O que surpreendeu foi o Ebitda bem acima do esperado, com margem de 49% contra 45% há apenas três meses", disseram os analistas da Coinvalores, nesta terça-feira.
As ações da companhia abriram em alta de 1,7% na B3.
O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 456 milhões, ante resultado negativo de 203 milhões no mesmo período do ano passado, devido principalmente a apreciação do real em relação ao dólar sobre a posição da dívida.
O índice de alavancagem financeira em dólar caiu para 3,28 vezes, ante 3,75 vezes no trimestre anterior, enquanto em reais a relação dívida líquida/Ebitda caiu para 3,24 vezes ante 3,85 vezes no segundo trimestre, já abaixo do limite da política financeira.
O custo do produto vendido (CPV) foi 6% inferior na comparação com o 2T17, em função principalmente do menor volume vendido e redução do custo caixa de produção no 2T17 e 3T17. Em relação ao 3T16, o aumento de 4% é explicado pelo maior volume vendido.
No 3T17, a produção de celulose foi de 1.449 mil t, aumento de 9% na comparação com o 2T17, como resultado da entrada em operação da nova linha Horizonte 2, que produziu 124 mil t no período. Em relação ao 3T16, a elevação de 11% é explicada majoritariamente pela entrada em operação de Horizonte 2 e pela ausência das paradas programadas para manutenção no período (3T16: Unidade Veracel). Os estoques de celulose encerraram o trimestre em 51 dias (2T17: 52 dias | 3T16: 57 dias), com volume de 1.069 mil t.
Por fim, o volume de vendas totalizou 1.475 mil t, 4% inferior ao 2T17. Em relação ao 3T16, ocorreu uma elevação de 2%, em função de um ambiente de mercado mais positivo. No 3T17 o volume de vendas proveniente do contrato com a Klabin totalizou 148 mil t. No trimestre, a Europa correspondeu a 34% da receita líquida, seguida pela Ásia com 33%, América do Norte 24% e América Latina 9%.
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