BANCO DE GRÁFICOS

Posts anteriores

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Santander (SANB11) Brasil tem lucro de R$ 1,66 bilhão no 1º trimestre de 2016

O Santander Brasil teve lucro praticamente estável no primeiro trimestre, uma vez que o controle da inadimplência permitiu menores despesas com provisões para calotes, o que compensou a retração da carteira de crédito. 

Resultado de imagem para santander
O Santander Brasil inaugurou a temporada de balanços dos grandes bancos de capital aberto ao anunciar lucro líquido gerencial, que não exclui o ágio da compra do Real, de R$ 1,660 bilhão no primeiro trimestre, cifra 1,67% maior que a vista em um ano, de R$ 1,633 bilhão. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, a alta foi de 3,3%.
Resultado de imagem para santander bonsucesso
Considerando o impacto do ágio, apresentado no conceito societário, o resultado do espanhol foi de R$ 1,213 bilhão de janeiro a março, alta de 77,35% em um ano e de 3,90% no comparativo trimestral. Em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, o Santander Brasil destaca que, a partir de 2016, conforme comunicado publicado este mês, foram feitos ajustes na margem financeira e na carteira de crédito, sem impacto, porém, no total das mesmas.

A carteira de crédito ampliada do banco encerrou março em R$ 312,018 bilhões, queda de 5,7% em relação ao saldo de dezembro, de R$ 330,947 bilhões. No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando estava em R$ 324,319 bilhões, foi identificado encolhimento de 3,8%.
Resultado de imagem para santander
O Santander Brasil fechou março com R$ 668,750 bilhões em ativos totais, montante 9,2% superior ao reportado em um ano, de R$ 612,291 bilhões. Ante os três meses anteriores, quando estava em R$ 677,454 bilhões, foi vista queda de 1,3%.

O patrimônio líquido do banco totalizou R$ 54,428 bilhões no primeiro trimestre, cifra 5,9% maior ante um ano, de R$ 51,385 bilhões. Em relação ao trimestre anterior, de R$ 50,673 bilhões, subiu 7,4%.

Contribuição brasileira

A contribuição do Brasil ao lucro do espanhol Santander continua caindo gradativamente. Balanço divulgado na manhã desta quarta-feira, 27, mostra que a filial gerou 18% do lucro do grupo no primeiro trimestre de 2016. A fatia brasileira nesse bolo está um ponto porcentual menor que a observada no último trimestre de 2015 e já dez pontos inferior ao pico visto em 2011.
Resultado de imagem para santander
A recessão e a desvalorização do real continuam roubando o peso do Brasil no balanço do Santander. Com lucros em euros em queda, o Santander Brasil se afasta ainda mais do Reino Unido que se consolida como a filial mais lucrativa do banco. No primeiro trimestre, o Santander UK gerou 23% do lucro do banco. Atrás do Brasil que gerou 18%, a Espanha foi responsável por 15% do resultado global.

A queda da contribuição brasileira é um fenômeno visto já há vários trimestres. No fim do ano passado, a contribuição brasileira havia sido de 19%. Há apenas um ano, no primeiro trimestre de 2015, o Brasil gerava 21% do resultado do grupo e ainda era a filial mais lucrativa do banco espanhol.

O período de ouro da filial brasileira foi no início da década. Em 2011, o Santander Brasil gerou 28% do lucro do grupo espanhol e o resultado brasileiro equivalia à soma de todas as demais filiais latino-americanas acrescido do o Santander Alemanha. Em 2011, o Santander UK ainda estava bem atrás do Brasil, com 12% do lucro global. 

O resultado do Santander abre a temporada de balanços do setor bancário no Brasil. Esse lucro obtido pelo banco espanhol é o chamado gerencial. Após a contabilização das despesas com o ágio, ainda referente a aquisição do Real, o lucro líquido societário chega a R$ 1,213 bilhão, um aumento de 77,4% na comparação anual.
Resultado de imagem para santander
A margem financeira do banco, que reflete o spread bancário e a captação de recursos, subiu 6,4%, para R$ 7,599 bilhões. Já as receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 3,09 bilhões de janeiro a março, um incremento de 9,3% na comparação com igual período do ano passado. O maior incremento ocorreu nas receitas de serviços de conta corrente, que subiram 24,3%, para R$ 579 milhões. Já as despesas totais do banco chegaram a R$ 4,41 bilhão, uma alta de 7,5% na comparação anual.

Em um cenário de menor demanda por crédito e uma postura mais cautelosa dos bancos para evitar aumento de inadimplência, a carteira total de empréstimos do Santander (incluindo avais, fianças e títulos) chegou ao final de março a R$ 312,018 bilhões, um recuo de 3,8% em 12 meses. As maiores quedas ocorreram nos segmentos de grandes empresas e financiamento ao consumo, ambos com variações negativas de 9,6%.

Já o crédito a pessoa física subiu 7,2%, para R$ 85,593 bilhões, devido ao desempenho das modalidades de crédito consignado e financiamento imobiliário, que são categorias de menor risco de inadimplência.
Resultado de imagem para santander
A inadimplência que considera os atrasos acima de 90 dias chegou a 3,3% em março, um incremento de 0,3 ponto percentual sobre março de 2015 e de apenas 0,1% em relação a dezembro. Entre os clientes pessoa física, a inadimplência em um ano passou de 4,34% para 4,67%. Entre as empresas, a taxa passou de 2,01% para 2,12%.

Com a inadimplência praticamente estável, o banco registrou despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa de R$ 3,028 bilhões. Esse montante representa um crescimento de 17,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2015, mas um recuo de 13,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Apesar das receitas mais altas e lucro maior, o Santander Brasil não conseguiu melhorar a sua rentabilidade. O retorno sobre o patrimônio líquido atingiu 12,6% no primeiro trimestre, recuo de 0,2 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Esse resultado é bem abaixo do desempenho dos grandes bancos privados no Brasil, que possuem uma rentabilidade em torno de 20%.

O grupo espanhol apresentou um lucro de € 1,663 bilhão, um recuo de 5% na comparação com o primeiro trimestre de 2015. A maior contribuição foi dada pelo Reino Unido, que respondeu por 23% desse resultado. Em seguida, aparece a operação brasileira, com 18% e, em terceiro lugar, a Espanha, com 15%.
Resultado de imagem para santander
A joint venture entre os bancos Santander e o mineiro Bonsucesso na área de crédito consignado foi de R$ 5,4 bilhões, mais que dobrando a carteira, que começou com R$ 2,4 bilhões, em seu primeiro ano de operação, segundo o presidente do Banco Bonsucesso Consignado, Frederico Penido. Para os próximos anos, a expectativa da instituição – que foi rebatizada e passa a se chamar Olé Consignado – é ter 10% do segmento que soma cerca de R$ 270 bilhões no país. A participação atual é de 1,8%. Além da carteira de crédito que ultrapassou os R$ 5 bilhões, a marca já nasce com 1,4 milhão de clientes, mil correspondentes bancários espalhados pelo país, além de uma rede formada por quase 40 lojas próprias.
Resultado de imagem para santander bonsucesso
“Queremos ser um player relevante. À medida que nossa base cresça, a expansão deve desacelerar, mas a expectativa é de crescimento para o crédito consignado no Brasil que é anticíclico e segue com demanda crescente”, disse Penido, em teleconferência com jornalistas, na tarde de ontem.

Apesar do otimismo em relação às projeções para o desempenho do crédito consignado no Brasil, o executivo admitiu que a expectativa é de aumento da inadimplência no contexto atual ainda que o segmento opere historicamente com baixo calote já que tem a folha de pagamento de servidores ou aposentados como garantia. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

comentários...